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País não pode descartar nenhum tipo de energia, diz Mantega

Apesar da descoberta de reservas gigantes de petróleo e gás natural no campo de Tupi, na bacia de Santos, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, diz que o Brasil não pode, principalmente neste momento, descartar nenhum tipo de energia, seja térmica a gás,

Para Mantega, o que está acontecendo agora é que o consumo de energia está sendo maior do que o projetado. “No fundo, isso é resultado do crescimento da economia”, afirmou.



Segundo o ministro da Fazenda, enquanto o PIB do país cresce ao ritmo de 5% ao ano, o consumo se expande a 10%. A metade desse crescimento do consumo está sendo compensada pelas importações. E é isso que faz o país consumir mais energia do que o projetado.



Mantega diz que o país terá condições de atender esse crescimento de demanda nos anos de 2008 e 2009 com a expansão dos investimentos. O setor de bens de capital, que funciona como um importante termômetro para os investimentos, é o que mais cresce hoje na indústria. “Nos próximos dois anos vai estar em maturação um considerável volume de investimentos no país”, diz.



Entusiasmado com o anúncio das reservas gigantes na bacia de Santos, Mantega afirmou que essa descoberta reforça ainda mais a posição do país como importante “player” comercial no mundo.



Mantega diz que, com a descoberta da nova reserva, o país ganha ainda mais musculatura na área de energia, com o álcool, o biocombustível e agora com petróleo e gás. O ministro da Fazenda reconhece que a nova descoberta não resolve os problemas de curto prazo que o Brasil enfrenta no abastecimento de gás, mas diz que o poço gigante tem uma atuação importante no campo das expectativas.



“É importante sinalizar que, daqui a cinco ou seis anos, o país irá aumentar a sua oferta de petróleo e gás”, diz Mantega.



Apesar de afirmar que o abastecimento do gás está sob controle, Mantega diz que será preciso desestimular a conversão dos carros para gás. O melhor mecanismo para isso, na sua opinião, será por meio de aumento de preços. “O gás tem que ser usado para as fábricas e para as termelétricas. O etanol é que tem que ser incentivado para os carros”, afirmou.



Fonte: Folha de S.Paulo