SC tem as piores estradas do Sul

A pesquisa rodoviária 2007 da Confederação Nacional do Transporte (CNT) transformou nesta quarta-feira em números uma realidade bastante conhecida dos motoristas catarinenses. Dos 2.835 quilômetros analisados no Estado, 1.927 foram classificados como regu

A malha viária em situação boa ou ótima ficou em 32%, dentro da média registrada em 2006. No trabalho de 40 dias que envolveu 15 equipes – entre 2 de julho e 10 de agosto deste ano, a CNT avaliou 87.592 quilômetros de rodovias em todo o país e constatou que 74,20% delas apresenta algum problema de pavimentação, sinalização ou geometria da pista.


 


Santa Catarina, com 8,6% de estradas em ótimas condições, ficou em sétimo lugar no ranking de Estados com as rodovias mais conservadas. Paraná apareceu em segundo lugar e Rio Grande do Sul em terceiro.


 


Com grande parte dos trechos privatizados, São Paulo apresenta os melhores resultados: 49,4% das estradas em ótima situação. Com todas as rodovias classificadas como ruins, péssimas ou regulares, Roraima é a pior unidade da federação.Fator comum tanto no Paraná quanto no Rio Grande do Sul, a presença de pedágios nas pistas contribui para a melhor conservação das estradas. Na avaliação da CNT, a malha rodoviária catarinense está em último lugar no Sul porque é integralmente pública.


 


Na lista geral da CNT, o trecho catarinense melhor colocado ocupa o 59º lugar, de um total de 109 roteiros. O percurso compreende as BRs 163, 282 e 470, entre São Miguel D'Oeste e Itajaí. Na avaliação individual das rodovias, a BR-101 e parte da BR-116 foram consideradas em bom estado, enquanto os trechos tidos como péssimo ficaram em pequenas partes de estradas no Oeste, Planalto Serrano e Norte.


 


Por conta do cenário retratado pelo estudo, o presidente da CNT, Clésio Andrade, defendeu a privatização das rodovias federais como solução para resolver a precariedade da malha viária brasileira. Para Andrade, “diante da inoperância do governo federal”, seria correto acabar com a cobrança da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) e realizar Parcerias Público-Privadas (PPPs ) para reestruturar as vias.


 


 


Com informações de Robson Bonini / DC