Gilmar Mauro é ferido em ação da Tropa de Choque contra MST
Na manhã de desta quinta (29), a Tropa de Choque da Polícia Militar de Limeira,
município próximo a Campinas (SP), despejou com violência as 250 famílias Sem Terra que viviam no acampamento Elizabeth Teixeira, dentro do Horto Florestal Tatu. Por pol
Publicado 29/11/2007 16:40
Cinco pessoas foram encaminhadas ao hospital, três feridos e dois trabalhadores que passaram mal durante a ação (uma delas sofreu um enfarte). Os Sem Terra foram empedidos de sair da área e de retirar quem estava machucado. As crianças do acampamento se refugiaram num barracão, que foi atingido por bombas de gás, na presença de membros do conselho tutelar.
Neste momento, a polícia continua no acampamento, destruindo o que resta dos barracos e aguardando a saída das famílias. O comandante da ação deu um prazo para que os Sem Terra deixem o local. Os trabalhadores aguardam agora que o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) encontre um local para as famílias despejadas. O MST responsabiliza a prefeitura de Limeira, o governo do estado de São Paulo e o governo
federal pelo episódio.
Menos de dois meses após o assassinato do dirigente do MST Vamir Mota Oliveira, o Keno, no Paraná, mais uma ação violenta põe em risco a vida de trabalhadores e trabalhadoras Sem Terra.
Histórico
Histórico
O Acampamento Elizabeth Teixeira foi montado em 21 de abril deste ano. O
Horto Florestal Tatu, que já pertenceu à antiga Rede Ferroviária Federal,
é atualmente da União.
No entanto, a prefeitura de Limeira, que nunca teve a posse da área,
utiliza alguns locais do Horto Florestal para desenvolver atividades que
degradam o meio ambiente. Dentro da área há um “lixão”, instalado em
condições inadequadas, que compromete o já poluído Ribeirão Tatu, que
passa por dentro da cidade de Limeira e deságua no Rio Piracicaba.
Diante da situação, as famílias organizaram na tarde desta quarta (28) um
ato público no acampamento, onde afirmaram sua disposição de resistir e
permanecer na área. O ato exigiu também que a área seja imediatamente
destinada à Reforma Agrária. As famílias acampadas já começaram a cultivar
legumes e verduras no local.
O acampamento fica no km 136-A da rodovia Anhanguera.
Fonte: assessoria de comunicação do MST