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Gilmar Mauro é ferido em ação da Tropa de Choque contra MST

Na manhã de desta quinta (29), a Tropa de Choque da Polícia Militar de Limeira,
município próximo a Campinas (SP), despejou com violência as 250 famílias Sem Terra que viviam no acampamento Elizabeth Teixeira, dentro do Horto Florestal Tatu. Por pol

Cinco pessoas foram encaminhadas ao hospital, três feridos e dois trabalhadores que passaram mal durante a ação (uma delas sofreu um enfarte). Os Sem Terra foram empedidos de sair da área e de retirar quem estava machucado. As crianças do acampamento se refugiaram num barracão, que foi atingido por bombas de gás, na presença de membros do conselho tutelar.


 


Neste momento, a polícia continua no acampamento, destruindo o que resta dos barracos e aguardando a saída das famílias. O comandante da ação deu um prazo para que os Sem Terra deixem o local. Os trabalhadores aguardam agora que o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) encontre um local para as famílias despejadas. O MST responsabiliza a prefeitura de Limeira, o governo do estado de São Paulo e o governo
federal pelo episódio.


 


Menos de dois meses após o assassinato do dirigente do MST Vamir Mota Oliveira, o Keno, no Paraná, mais uma ação violenta põe em risco a vida de trabalhadores e trabalhadoras Sem Terra.


 


Histórico


 


Histórico


O Acampamento Elizabeth Teixeira foi montado em 21 de abril deste ano. O
Horto Florestal Tatu, que já pertenceu à antiga Rede Ferroviária Federal,
é atualmente da União.


 


No entanto, a prefeitura de Limeira, que nunca teve a posse da área,
utiliza alguns locais do Horto Florestal para desenvolver atividades que
degradam o meio ambiente. Dentro da área há um “lixão”, instalado em
condições inadequadas, que compromete o já poluído Ribeirão Tatu, que
passa por dentro da cidade de Limeira e deságua no Rio Piracicaba.


 


Diante da situação, as famílias organizaram na tarde desta quarta (28) um
ato público no acampamento, onde afirmaram sua disposição de resistir e
permanecer na área. O ato exigiu também que a área seja imediatamente
destinada à Reforma Agrária. As famílias acampadas já começaram a cultivar
legumes e verduras no local.


 


O acampamento fica no km 136-A da rodovia Anhanguera.


 


Fonte: assessoria de comunicação do MST