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Kadafi gera polêmica ao defender que UE indenize a África

O líder líbio Muamar Kadafi, durante reunião de uma cúpula que reune oitenta países da União Européia (UE) e da África neste sábado (8), em Lisboa, disse que a Europa deveria indenizar os povos africanos. A declaração causou polêmica na cúpula. O com

As declarações representam bem o clima tenso em que se desenrola a cúpula – a primeira em sete anos. A tentativa européia é introduzir uma forma de relação baseada na cooperação entre os dois continentes.


 


''Hoje será a data de nascimento de uma nova fase de cooperação: vamos enterrar o princípio doador-receptor'', disse o ministro de Assuntos Exteriores de Luxemburgo, Jean Asselborn. ''Vamos colaborar não apenas para o alcance do desenvolvimento, mas também em política energética e em assuntos internacionais'', acresentou.


 


Farpas


 


A cúpula, no entanto, não está sendo marcada pelo entendimento. Com a confirmação da presença do presidente do Zimbábue, Robert Mugabe – acusado pela mídia ocidental de violar os direitos humanos – o primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, se negou a ir ao encontro, revelando a verdadeira disposição da Europa de dialogar com respeito e igualdade com a comunidade africana.


 


A esperança da UE, antiga conquistadora do continente, é fortalecer os laços com a África, sempre muito disputada nas relações comerciais mundiais, seja pelos países do eixo do sul, sejam pelos do norte. 


 


O encontro deste sábado tentará lançar cooperação nas áreas ambiental, energética, de comércio, de cooperação regional e de segurança. A previsão é que a cúpula termine com um plano de ação aprovado para o período de 2008 a 2010.


 


As farpas entre Kadafi e Michel, sobre a responsabilidade dos povos europeus para com suas ex-colônias, parecem expressar contradições que o encontro não deverá resolver tão cedo.


 


Da redação, com informações do Estadão