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Para venezuelanos, imprensa tem liberdade na era Hugo Chávez

A imprensa tem liberdade de atuar de forma “precisa, verdadeira e imparcial”, dizem os venezuelanos. Já os brasileiros não vêem essa liberdade na mídia nacional. Pelo menos este é o resultado de uma pesquisa encomendada pelo Serviço Mundial da BBC.

De acordo com o levantamento, 63% dos venezuelanos acreditam na liberdade de imprensa local. Entre os brasileiros, o índice cai para 52%. O resultado contraria o fajuto “ranking mundial de liberdade de imprensa, organizado pela Repórteres sem Fronteira (RSF), com o Brasil ficou em 84º lugar, enquanto a Venezuela está em 114º.


 


Como mostra a BBC Brasil, o estudo ouviu 11.344 pessoas. Todas responderam a um questionário, cujo resultado foi divulgado nesta segunda-feira (10/12), como parte das comemorações dos 75 anos do Serviço Mundial da BBC.


 


O relatório aponta que “a percepção dos venezuelanos sobre o desempenho da mídia é consideravelmente mais positiva do que em outros países da América Latina”. Quarenta e dois por cento dos venezuelanos avaliaram como “bom” o trabalho dos órgãos de comunicação. No Brasil e no México este número é de 25%.


 


Primeiros lugares


 


A imprensa é livre para 81% dos quenianos. Já na Índia, 72% consideram que há liberdade de imprensa no país. A Nigéria ficou em terceiro lugar, com 66%. O menor índice ficou com Cingapura – 36%. A média geral obtida nos 14 países pesquisados ficou em 56%.


 


Os entrevistados tiveram duas opções que tratam da liberdade de imprensa e estabilidade social. O estudo apresenta duas afirmações e pede para que eles digam o que se aproxima mais de sua visão.


 


A primeira diz que a liberdade de imprensa “para relatar as notícias de maneira verdadeira é muito importante para assegurar que se viva em uma sociedade justa, mesmo que em alguns momentos (as notícias) levem a debates desconfortáveis e efervescência social”.


 


Já a segunda afirma que “enquanto a liberdade de imprensa para relatar os fatos de forma verdade é importante, a harmonia social e a paz são mais importantes, o que em algumas vezes significa controlar o que é noticiado pelo bem comum”. Cinqüenta e seis por cento deles marcaram a primeira afirmação, 40% a segunda e 4% não soubera ou não quiseram responder.


 


Tendência


 


O relatório aponta que os que destacaram a liberdade de imprensa têm visão mais crítica sobre a isenção dos meios de comunicação. Alemães, americanos e ingleses não avaliaram tão bem o desempenho da imprensa quanto à precisão e honestidade.


 


A pesquisa, realizada entre 01/10 a 21/11, também compara o desempenho do trabalho os veículos de comunicação públicos e privados, a preocupação sobre a crescente concentração das empresas de comunicação e o desejo de participação da população sobre o que sai na mídia.


 


Da Redação, com informações do Comunique-se