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PMDB lança Garibaldi para presidente do Senado

O senador Garibaldi Alves (RN) tornou-se nesta terça-feira (11) o candidato oficial do PMDB à presidência do Senado, depois de vencer por 13 votos a seis o senador Pedro Simon (RS). PSDB e DEM discutem ainda hoje se lançam outro candidato ou apóiam Gariba

Renan  disse que será fácil construir uma convergência dentro do partido em torno do nome do nome de Garibaldi. “Ele tem atributos para ser um bom presidente do Senado”, avalizou o ex-presidente, que renunciou na semana passada, horas antes de ser absolvido pelo plenário em um processo que ameaçava seu mandato de senador.



Simon se queixa: “Este não é o meu MDB”



Na reunião da bancada peemedebista – que pela praxe tem a prerrogativa de apontar o presidente, por ser a maior da Casa –, outros três senadores que pretendiam concorrer abriram mão da candidatura em favor de Garibaldi: Neuto de Conto (SC), Valter Pereira (MS) e Leomar Quintanilha (TO).



Pedro Simon (RS) disse que não apresentará candidatura avulsa na eleição em plenário. Segundo ele, a escolha de Garibaldi foi sinal de “continuísmo” na Casa. “Eu já sabia. Já estava escolhido, só faltava votar. Não fui escolhido porque não tive apoio do governo”, disse. “Esse não é o meu MDB. Esse é o do Sarney, do Renan e do Jader e, para surpresa de todos, é o MDB do Lula”, acrescentou, usando, como de hábito, a antiga sigla do partido.



Tentativa de pacificação e conciliação



Garibaldi Alves tem 60 anos, está no segundo mandato de senador. Iniciou-se na política em 1967, quando se elegeu deputado estadual pelo então MDB, que sempre foi sua legenda. Ele já foi governador do Rio Grande do Norte por duas vezes mas foi derrotado numa terceira tentativa em 2006, por Vilma Maia (PSB), que teve o apoio do presidente Lula. Na sua atuação, destaca-se pela defesa da transposição do Rio São Francisco.



Sua escolha é vista como uma tentativa de pacificação e conciliação do Senado, após sete meses de grave crise que teve o Caso Renan como estopim. Ele não é o peemedebista dos sonhos da oposição – como Jarbas Vasconcelos (PE) –, mas também está longe de desagradá-la – como seria o caso de José Sarney (AP), que preferiu não concorrer ao cargo. A oposição credita a seu favor o modo com que relatou em 2005-2006 a CPI dos Bingos, que ficou mais conhecida como CPI do Fim do Mundo.



Candidato não crê em desconfiança do Planalto



Garibaldi disse que espera vencer. Agregou não acreditar que o Palácio do Planalto tenha “desconfianças” em relação ao seu nome por sua conduta na CPI.
“Eu não acredito muito nessa desconfiança do Palácio com relação a mim. Um governo não pode ser movido por ressentimentos pequenos. Nunca acreditei que o que aconteceu na CPI dos Bingos pudesse servir para que o Palácio do Planalto viesse a exercer qualquer ação política”, afirmou.



O líder do partido, senador Valdir Raupp (RO), disse que agora é hora de buscar consenso com outras bancadas em torno da candidatura de Garibaldi. “Tiramos o nome da bancada e era isso que os partidos da coalizão e da oposição estavam aguardando. Vamos conversar agora com as demais lideranças para buscar um consenso no plenário do Senado”, disse.



PSDB e Democratas se reuniram durante o almoço, para definir se apóiam a candidatura de Garibaldi ou lançam candidato próprio.



Da redação, com agências