Bloco de Esquerda é lançado em Mauá e ganha adesão de outros partidos

Foi lançado, na noite de ontem (17), na Câmara Municipal, o Bloco de Esquerda na cidade Mauá, na grande São Paulo. Comemorado como um momento de união de amplas forças para mudar a cidade, a tônica do ato foi a preparação para as eleições de 2008, quan

Estavam presentes representantes do PCdoB, PSB, PDT, PHS – partidos que compõem a iniciativa em nível nacional – e outras legendas que podem aderir em âmbito local, como o PPS e o PMDB. Para Carlos Thomaz, vereador do PSB, “o desafio é a construção de uma plataforma comum, com projetos que tragam desenvolvimento e inclusão social para o município”.


 


Carlos Aparecido dos Santos, o “Lorão”, presidente do PCdoB local, disse que “é necessário tornar Mauá mais agradável e mais humana, para que o jovem não precise sair da cidade em busca de oportunidades”. Alegando ser a educação uma questão fundamental a ser enfrentada, colocou como projeto de um prefeito eleito pelo Bloco de Esquerda a luta para trazer à cidade uma extensão da Universidade Federal do ABC, construída pelo governo da República e que fica em Santo André.


 


A presidente estadual do PCdoB, Nádia Campeão, destacou os objetivos nacionais que são compromissos do programa elaborado pelo Bloco. “A iniciativa de criar o Bloco de Esquerda foi para garantir a defesa do Brasil e do povo, para defender os trabalhadores e os mais pobres, defender o aumento do salário mínimo, os investimentos na saúde”. A dirigente comunista também falou da importância daqueles partidos para a consolidação da democracia brasileira. “Os partidos do Bloco defendem a democracia e foram contra a cláusula de barreira. Mostramos que temos força e, sem esses partidos, o Brasil teria uma democracia pobre. Queremos em 2008 obter vitórias e mostrar que temos capacidade de governar”. José Silva, nome apresentado pelo PCdoB como pré-candidato dentro do Bloco, lembrou de João Amazonas, Miguel Arraes e Brizola, dirigentes e construtores de PCdoB, PSB e PDT.


 


Para Eliseu Gabriel, representante do PSB estadual, “o Bloco vai além de um acordo eleitoral, mas é a construção de uma alternativa de poder no país”. Edgar Grecco, vereador do PDT, disse que aqueles partidos “defendem uma sociedade mais justa, um projeto alternativo de governo”. Lolô Fagiani, também vereador pedetista, se disse confiante que “o Bloco vai eleger o prefeito e o vice em Mauá”.


 


Em Mauá, o projeto ganha novas adesões


 


Wagner Rubinelli, que já foi deputado federal pelo PT e hoje está no PPS, falou que foi convidado a compor a frente mesmo que seu partido em âmbito nacional não participe, o que considerou um gesto elegante e sublinhou: “Hoje, o PPS está aderindo à frente em Mauá”.


 


Outro a demonstrar entusiasmo com a iniciativa e seu projeto para as próximas eleições foi o vereador do PMDB Paulo Bio: “a unidade desta frente visa fazer a mudança no cenário político”.


 


Quem finalizou o ato político foi Chiquinho do Zaíra, principal liderança do PSB local e também pré-candidato a prefeito. Ele destacou a importância da união entre os partidos e os papéis na eleição um devem ser definidos em comum acordo. “Sou um soldado do PSB e da frente de esquerda [Bloco]. No que o grupo definir, eu serei um soldado de vocês.


 


De Mauá,
Fernando Borgonovi