Colômbia: libertação de reféns das Farc está muito próxima
A senadora colombiana Piedad Córdoba assegurou nesta segunda-feira (24) que os familiares dos três reféns que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) prometeram colocar em liberdade podem começar a festejar, porque a libertação acontecerá “mu
Publicado 24/12/2007 21:05
“Vamos recebê-los muito em breve, eu não arriscaria uma afirmação tão contundente se não acreditasse, se não soubesse”, afirmou a senadora a jornalistas na Venezuela, antes de embarcar para Medellín, onde celebrará o Natal com sua família.
“Acredito que esse é um motivo muito importante para começar a celebrar o retorno para casa, não somente para os familiares mas para todo o país”, disse Piedad.
Junto com o presidente venezuelano Hugo Chávez, a senadora atuava como mediadora para a troca de 45 reféns das Farc por 500 guerrilheiros presos.
Em novembro passado, o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, colocou um fim à mediação, acusando Chávez de violar a “institucionalização” colombiana por ter falado por telefone com o chefe do exército colombiano, Mario Montoya.
A atitude de Uribe causou uma crise entre Colômbia e Venezuela e em resposta as Farc anunciaram a libertação da ex-candidata a vice-presidência Clara Rojas, seu filho Emmanuel (nascido há três anos em cativeiro) e da ex-deputada Consuelo González de Perdomo, em “desagravo” a favor de Chávez e Piedad Córdoba.
A senadora assegurou que seu país celebrará “alvoroçado” o momento em que serão recebidos os três reféns, mas não revelou a origem da informação nem o local e data da libertação.
Piedad afirma que os três reféns não foram libertados até hoje por conta de operações militares ordenadas pelo governo de Uribe.
O alto comissário para a Paz colombiano, Luis Carlos Restrepo, negou a acusação e assegurou que o governo do país não será um “obstáculo” para a libertação.