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Centrais lançam campanha por redução da jornada

As centrais sindicais lançaram nesta segunda-feira (21), na sede nacional da CUT, em São Paulo, uma Campanha Nacional Unificada pela Redução da Jornada sem Redução de Salário. Além disso, aprovaram um manifesto em defesa dos investimentos sociais e de uma

A reunião contou com representantes de CUT, Força Sindical, CTB, CGTB, NCST e UGT. Foram definidas as diretrizes de luta da campanha nacional unificada, que propõe a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, mantendo inalteráveis os salários e benefícios. De acordo com um estudo realizado pelo Dieese, isso geraria, numa primeira etapa, mais de 2,2 milhões de empregos.


 


Apoiados nesses números e na defesa da luta trabalhista, as centrais decidiram movimentar suas bases para recolher assinaturas por essa batalha. Postos de coleta de assinaturas serão montados em diversos sindicatos e locais públicos por todo Brasil. O abaixo-assinado, após reunir milhões de assinaturas, será entregue ao Congresso Nacional.


 


''Vamos às ruas para mobilizar todas as classes, para transformar esse projeto em lei e unificar ainda mais os trabalhadores do Brasil'', convoca o presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes.


 


Artur Henrique, presidente da CUT, discursou na mesma linha ''Há um grande simbolismo nesta campanha unificada, na qual deveremos colher mais de um milhão de assinaturas. Faremos grandes atos de rua a partir do dia 11 de fevereiro, que é a data da reabertura do Congresso Nacional, ampliando pressão nesta importante luta''.


 


Foram propostas, durante a reunião, políticas salariais como o estabelecimento de uma política de valorização do salário mínimo e a recomposição da tabela do Imposto de Renda. Aproveitando a união das centrais, também foi lançado um manifesto em defesa dos investimentos sociais e de uma reforma tributária justa e democrática diante das novas medidas econômicas divulgadas pelo governo no começo deste ano.


 


Impostos


 


A reunião definiu que é inaceitável que os trabalhadores paguem pelo fim da CPMF. ''Não aceitamos que as medidas para compensar a perda de receitas causadas pelo fim da CPMF recaiam sobre os acordos firmados entre o governo federal e as centrais sindicais'', diz a nota.


 


Segundo o texto, os recursos para compensar a perda de arrecadação devem ser buscados na redução das metas do superávit primário, da taxa de juros e da cobrança do IOF sobre o capital estrangeiro aplicado nas Bolsas, garantindo-se, dessa forma, os fundamentais investimentos na infra-estrutura e nas políticas sociais no Brasil.


 


Wagner Gomes reforçou essa transferência: ''O dinheiro para o governo cumprir com os acordos assumidos e garantir os investimentos nas áreas sociais tem de sair do superávit primário''.


 


O presidente da CTB ressaltou a importância da manutenção da união das centrais sindicais, base do projeto da CTB: ''Espero aqui que o 1º de maio, o Dia dos Trabalhadores, também seja comemorado de forma unificada, entre todas as centrais''.


 


Da Redação, com informações da CTB (www.ctbrasil.org.br)