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Gonzalo Rojas, o poeta que se declara fidelista e allendista

Com um discurso em Havana — no qual se declarou “fidelista” e “allendista”, o poeta chileno Gonzalo Rojas inaugurou os trabalhos do júri do Prêmio Literário 2008 da entidade cultural Casa das Américas. “Fidel pôs Cuba na história, e isso sabem as estrelas

“Sou fidelista como continuo sendo allendero”, enfatizou. Assim, Rojas fez alusão a dois grandes líderes latino-americanos — o presidente licenciado de Cuba, Fidel Castro, e o presidente socialista chileno Salvador Allende, morto no golpe de Estado de Augusto Pinochet, em 11 de setembro de 1973, quando começou a ditadura militar no país.


 


“Volto à fatídica terça-feira de 73, entro no silêncio. Nos matou sangrentamente a tempestade! Levantemos a bandeira ensangüentada com um imenso viva Chile!”, disse Rojas sobre o golpe contra Allende.


 


Entre as premiações de Rojas está o Prêmio Sociedade de Escritores do Chile por Poesia Inédita (1946), o Prêmio Rainha Sofia de poesia da Espanha, o Prêmio Octavio Paz do México e José Hernández da Argentina, além do Prêmio Nacional de Literatura do Chile em 1992 e do Prêmio Cervantes de Literatura em 2003.


 


Durante o evento, Jorge Fornet, diretor do departamento literário da Casa das Américas, disse que o prêmio da instituição vem sendo entregue há quase meio século e “25 mil títulos já foram concedidos”. Atualmente concorrem 500 obras de 24 países — a maioria de Argentina, Cuba, Colômbia e Brasil.


 


O júri de poesia é formado por cinco autores, entre eles o colombiano Juan Manuel Roca, o argentino Jorge Boccanera e a chilena Carmen Berenguer. O venezuelano Humberto Mata e o mexicano Mario Bellatín integram o de conto junto a outras personalidades.


 


No ensaio histórico-social estarão, entre outros, o panamenho Guillermo Castro Herrera e o boliviano Jorge Mansilla; em literatura brasileira José Luis Jobim e Lívia Reis e em literatura caribenha o francês Françoise Moulin e Roger Toumson.