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Contra mudança no Incra, Sem Terra voltam a bloquear rodovias

Contrários à mudança de direção da Superintendência do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) no estado, cerca de 1,7 mil famílias de trabalhadores rurais do Mato Grosso do Sul voltaram a bloquear, na manhã desta segunda-feira (28/

Os bloqueios começaram por volta de 7 horas e terminaram no início da tarde. Os bloqueios aconteceram na BR-163, entre Naviraí e Itaquiraí e entre Rio Brilhante e Dourados; na BR-267, entre Jardim e Porto Murtinho; na BR-262, entre Campo Grande e Ribas do Rio Pardo MS-165, entre Amambai e Tacuru, e outros dois trechos da BR-163, em Anhanduí e entre Caarapó e Juti.



Os lavradores denunciam que o senador Valter Pereira (PMDB) negociou o nome de Flodoaldo Alencar – que integra a entidade ruralista Movimento Nacional dos Produtores (MNP) – para substituir o atual superintendente da autarquia,  Luiz Carlos Bonelli, em troca de seu voto pela prorrogação da CPMF no Congresso. No MS, há cerca de 2 mil famílias à espera de assentamento.



A direção nacional do Incra em Brasília não confirma a saída de Bonelli, mas o senador Valter Pereira afirma o contrário. “Há um ano eu indiquei Flodoaldo para o cargo e não é agora que vou desistir dessa nomeação”, afirmou o senador.


Também participam do ato a FAF (Federação da Agricultura Familiar), a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e a Fetagri (Federação dos Trabalhadores na Agricultura em Mato Grosso do Sul), todas contra a substituição do superintendente do Incra.



Paulo Cezar de Farias, coordenador da FAF, ressalta que “o Flodoaldo não vai assumir o cargo. Vamos invadir o Incra em todo o Estado, assim que sair a nomeação desse homem”. A FAF é a terceira organização de sem-terra em número de filiados. A primeira colocada é a Fetagri, cujo presidente, Geraldo Teixeira de Almeida, tem a mesma disposição de Farias.


 


Segundo José Oliveira, da direção do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) no estado, a tropa de choque da Polícia Militar esteve nos locais de protesto, ameaçando e atirando balas de festim nos manifestantes.



Da redação,
com agências