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CUT participa de ato contra a corrupção em Alagoas

Na última terça-feira, 19 de fevereiro, foi realizado um grande ato público nas ruas de Maceió para exigir a prisão de deputados que integraram o esquema de desvio de 280 milhões da Assembléia Legislativa de Alagoas.

O Movimento Social contra a Criminalidade (MSCC), que reúne a CUT-AL, todos os sindicatos do estado e alguns partidos políticos, organizou esta manifestação para intensificar a participação de todos os alagoanos na luta contra a corrupção deflagrada pela Operação Taturana. Apesar da confirmação do desvio de verbas por parte de diversos membros da mesa diretora, a Assembléia continua a funcionar normalmente.


 


Mais de 5 mil pessoas participaram do ato que teve início às 11h, com concentração em frente à antiga sede do Palácio do Governo, na Praça dos Martírios. Os manifestantes seguiram até a sede provisória da ALE, que fica na Associação Comercial da região. A mobilização, que foi até às 17 horas, percorreu diversos locais, como a sede da Polícia Federal, o Tribunal de Justiça e a sede da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).


 


“O ato tem como objetivo unir a sociedade e levar a população às ruas. Este é apenas o 1º passo rumo às grandes manifestações que pretendemos realizar em março. A mobilização atingiu a expectativa da CUT-AL, pois houve uma grande representação dos movimentos sociais e da poulação em geral. Mais de 5 mil pessoas participaram do ato no dia 19 e a repercussão da nossa pauta foi muito forte em Alagoas”, afirma Isac Cavalcante, presidente da CUT-AL.


 


O objetivo da pauta de reivindicações dos movimentos sociais é o afastamento de toda a mesa diretora da Assembléia Legislativa, a devida punição a todos os participantes desse esquema, além da diminuição da verba destinada aos três poderes do estado, que ao invés de ser utilizada em prol da sociedade, acaba no bolso dos deputados. Segundo Cavalcante, com esse dinheiro seria possível fazer o reajuste salarial dos trabalhadores que estão em greve, além de resolver a crise na polícia civil.


 


“A população está exercendo uma pressão muito grande sobre os deputados corruptos. Um exemplo disso é a prisão do deputado Cícero de Paes Ferro (PMN), acusado de assassinar um vereador no sertão, que continua preso apesar da Assembléia Legislativa ter o poder de revogar a decisão. E este é um de nosso objetivos, punir aqueles deputados que, seja por corrupção ou por qualquer outro crime, tenham desonrado a população e o estado de Alagoas”, afirma Cavalcante.


 


A CUT-AL se reunirá no dia 27 de fevereiro para uma avalição deste ato inicial e definir quais serão as próximas ações de mobilizações no estado.


 


Fonte: Portal do Mundo do Trabalho