Venezuela descarta ação militar na Colômbia
O ministro venezuelano da Defesa, Gustavo Rangel, confirmou nesta quarta-feira (5) que o movimento de tropas na fronteira com a Colômbia busca apenas resguardar a soberania e em nenhum momento penetrar em território colombiano.
Publicado 05/03/2008 15:56
“Nós jamais, por vocação histórica, ultrapassaremos nossas fronteiras em perseguições, disse em uma coletiva de imprensa, “nunca faremos isso”.
O presidente Hugo Chávez ordenou no último domingo a mobilização de dez batalhões, com tanques e tropas na fronteira, e explicou que o envio era uma prevenção contra um ataque da Colômbia, como o que o país realizou contra um acampamento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), em território equatoriano, no sábado.
Rangel disse ainda que a Venezuela respeita a soberania nacional e exige o mesmo respeito, e, por isso, suas tropas defenderão o território contra qualquer violação, impondo a lei.
“Qualquer um que violar nossa fronteira estará sob o império de nossas leis. Se alguém passa ao nosso território e viola princípios ao portar armas sem permissão, usa insígnias ou uniformes militares de outros países, está violando a lei”, disse.
Ele disse ainda que por “elementares razões de segurança” não poderia precisar os locais onde foram posicionadas as tropas, que alguns especialistas calculam em cerca de 8 mil soldados.
Rangel disse que a posição da instituição é “absolutamente legalista, apegada à Constituição e de respeito absoluto ao Estado de direito e à soberania”. Ele negou que se trate de uma medida “personalista” de Chávez, como sustenta a oposição, garantindo que é uma ação para promover a paz na Colômbia. “Não é nenhum personalismo, é uma ação bem pensada”, disse.
Fonte: Ansa Latina