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Poluição e manipulação genética viram 'pecados capitais'

A poluição, manipulação genética e as desigualdades sociais são as novas formas de pecado capital de nossa sociedade, estimou, em entrevista ao jornal l'Osservatore Romano, o monsenhor Girotti, responsável pela Penitencial Apostólica, um dos três

“Se ontem o pecado tinha dimensão mais individualista, hoje possui uma ressonância principalmente social em razão do amplo fenômeno da globalização”, declarou Monsenhor Gianfranco Girotti, do tribunal que se ocupa das questões de consciência.



Em entrevista à edição de domingo do 'Osservatore Romano, o jornal do Vaticano, Monsenhor Girotti estima que “a atenção ao pecado se faz mais urgente hoje que ontem, por suas repercussões maiores e mais destrutivas”.



“Há diferentes setores nos quais revelamos comportamentos culpáveis em relação aos direitos individuais e sociais”, destacou o religioso, evocando a questão da ecologia com a poluição do meio ambiente, ou ainda as desigualdades sociais e econômicas – “os pobres tornam-se sempre mais pobres e os ricos, sempre mais ricos”.



Monsenhor Girotti cita também “a bioética, onde são praticadas várias violações dos direitos fundamentais da natureza humana, através de experimentos, manipulações genéticas, com desfechos dificilmente controláveis”, segundo ele.



Em junho de 2007, o cardeal Renato Martino havia apresentado o documento “Orientações para a Pastoral do Caminho”, preparada pelo Conselho Pontifical para os Migrantes e Itinerantes, deixando claro que “até um excesso perigoso poderia ser uma ocasião de pecado”, denunciando, entre eles, “imprecações, blasfemas, gestos descorteses e falta de urbanidade”.



A Igreja Católica havia fixado em sete o número de pecados capitais: a preguiça, o orgulho, a gula, a luxúria, a avareza, a cólera e a inveja.