Lazaro um projeto em construção

Com uma ascensão política meteórica, saindo do anonimato e atingindo cerca de 2% das intenções de votos em uma pesquisa da Futura (isso em apenas um mês), o pré-candidato do PCdoB a prefeito, Lázaro Costalonga, mergulhou e passou a trabalhar mineiramen

Agora, a cerca de sete meses das eleições municipais, ele quer começar a colher os louros das inúmeras reuniões que fez com as lideranças comunitárias e religiosas e sedimentando assim os alicerces para entrar e condições de disputar bem o pleito.


 


Contando com o aval do PCdoB municipal e estadual, Lázaro tem conduzido o processo de construção de alianças com partidos de porte médio, mas todos de grande potencial para estas eleições. Na visão dele, existe um movimento da sociedade voltado para uma nova candidatura que lidere um processo antagônico ao da mesmice eleitoral.


 


“Hoje há um nivelamento muito grande entre as grandes lideranças da cidade. Até mesmo Casteglione que poderia ser um diferencial está se dedicando a construir alianças tradicionais com pessoas que nunca foram do campo da esquerda. Então, o que eu percebo é que existe um desejo maior de uma política mais ideológica e menos eleitoreira apenas. É isso que estamos tentando construir”, diz.


 


O pré-candidato fez segredo em relação aos partidos que estão conversando com o PCdoB. Mas sabe-se que nesta segunda-feira os comunistas conversaram com o PDT. No último final de semana, mais duas executivas abriram diálogo na busca de formação de uma chapa na Proporcional, mas com desdobramentos na Majoritária o que poderia impulsionar a sua pré-candidatura.


 


“Não sabemos exatamente como chegaremos lá na frente, mas é certo que chegaremos ou com candidatura própria ou compondo com uma frente que represente um rompimento com o modelo tradicional de fazer política”, relata.


 


À exceção do DEM, do PSDB e do PMDB, Lázaro admite que o seu partido está disposto a conversar com todos os outros campos partidários desde que desejem um modelo gestor diferenciado daquele que está sendo visto nos últimos 25 anos na cidade. “Os bairros periféricos precisam ser olhados com mais carinho. Observo, por exemplo, que as drogas estão avançando rápido demais e o poder público não tem sido eficiente nas respostas. Isso é fruto de um abandono de mais de duas décadas”.


 


Está aí, os partidos pequenos como o PCdoB e outros também trabalham nas casamatas em busca de um lugar ao sol. Depois de tanto se mostrarem ao eleitor apenas como opção à Câmara Municipal começam a pôr as mangas de fora na busca também de ocupar o Executivo.  E como o sol nasceu para todos, não custa nada tentar.


 


*Ilauro Oliveira é Graduado em História.