Carrion condena truculência da polícia contra professores e estudantes
O deputado Raul Carrion (PCdoB) participou, nesta sexta-feira (14), de audiência com o Chefe da Casa Civil, Cézar Busatto, lideranças do CPERS/Sindicato e deputados para exigir providências contra a agressão sofrida por professores e manifestantes dura
Publicado 14/03/2008 18:50 | Editado 04/03/2020 17:12
Participaram do encontro os deputados estaduais Stela Farias, Adão Villaverde e Raul Pont.
Oito pessoas foram detidas pela Brigada Militar durante o protesto de professores no saguão do Centro Administrativo do Estado, em Porto Alegre. A categoria mobilizou-se para reivindicar a aprovação do piso salarial que está na pauta do Congresso Nacional e exige, aqui no Estado, debater com a Secretaria de Educação (SEC) medidas como as transferências de turmas e fechamento de escolas.
Carrion participou da caminhada que antecipou a ação truculenta da polícia.
O Batalhão de Operações Especiais prendeu oito manifestantes, alegando que eles estariam impedindo a entrada dos funcionários no edifício do Centro Administrativo.
Carrion reclamou da truculência contra a direção do Cpers, alunos e professores e lembrou da recente agressão sofrida por centenas de mulheres da Via Campesina em Rosário do Sul. “Estamos preocupados com o comportamento da Brigada Militar com relação aos movimentos sociais”, afirmou.
Apesar da reinvindicação dos parlamentares e da presidente do CPERS/Sindicato, Simone Goldschmidt, os manifestantes foram submetidos à realização de um termo circunstanciado. “É um absurdo que manifestantes exercendo o direito de protestar tenham de passar por esse constragimento”, reclamou o parlamentar comunista.
De acordo com a 2ª vice-presidente do Cpers, Neiva Lazzarotto, os manifestantes presos foram algemados e conduzidos até o Palácio da Polícia. A BM teria usado também gás de pimenta contra o grupo, segundo testemunhas. Durante a audiência, Carrion sugeriu a realização de uma reunião entre a Secretaria da Segurança Pública, a Brigada Militar, a Casa Civil e o Legislativo para discutir a repressão policial contra os movimentos sociais no Rio Grande do Sul.
O comunista lembrou que uma audiência pública sobre o tema foi sugerida por ele à Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa, proposta que não foi aceita. Busatto aprovou a idéia de encaminhar um encontro para discutir a atuação da BM e comprometeu-se a intermediar uma tentativa de início nas negociações entre governo Yeda e magistério.
Isabela Soares