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Na Bahia movimentos afirmam que ''Condoleeza já foi tarde''

0,Com esta frase, trabalhadores e estudantes iniciaram o protesto contra a visita da secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, à Salvador. O ato aconteceu  no início da tarde desta sexta-feira (14/03), em frente ao Centro de Convençõ

Manifestantes em protesto queimam bandeiras dos EUA O protesto contou com a presença massiva de delegados e delegadas que participavam do Congresso de Fundação da seção Bahia da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).


 


“Nós não poderíamos deixar de mostrar nosso repúdio à presença de Condoleeza Rice aqui na Bahia, porque ela representa hoje  um modelo econômico e político que não interessa aos povos do mundo. É uma política de imposição do interesse americano aos outros povos, através da guerra, das agressões às nações livres e também de políticas que trazem o desemprego a trabalhadores do mundo inteiro”, declarou o vereador e membro da CTB  Everaldo Augusto.


 


Os estudantes também demonstraram sua indignação contra a visita. “O vice-presidente da União Nacional dos Estudantes na Bahia, Vladimir Meira, conclamou os jovens a se manifestaram publicamente contra a política desenvolvida pelo governo Bush.



 


”Precisamos  mostrar aos representantes dos EUA que eles não são bem vindos ao nosso país, pois nós não aceitamos a forma como tentam dominar o mundo. Estaremos nas ruas para dizer isso todas as vezes que eles vierem aqui”, afirmou.


 


Ato de resistência


 


A presença de integrantes do governo americano no Brasil incomoda tanto, que nem mesmo o fato de Rice já ter deixado o país tirou a disposição dos manifestantes. “Este ato simboliza a resistência do povo baiano contra a política destrutiva dos EUA. Nesse momento não importa se a Condoleeza ainda está aqui. O fato é que ela  ao passar pelo Brasil traz o ranço autoritário e genocida da política praticada pelo EUA. Então é oportuno repudiar esta passagem,  pois nós sabemos que o interesse dos EUA nessa viagem pela América Latina é retornar as discussões sobre a Área de Livre Comércio das Américas (Alca) e tentar fazer ingerência à política de autodeterminação dos povos”,  disse Adilson Araújo dirigente da CTB.


 


O diretor do Cebrapaz/Bahia, Antonio Barreto concorda com o dirigente sindical.. “Não importa se ela já foi. O importante é deixar evidente que a  Condoleeza não é bem vinda aqui no Brasil, um país pacífico e diferente da política de guerra defendida pelos EUA. Estamos repudiando a presença dessa força, que está tentando fomentar a guerra na América Latina”, concluiu. 


 


Este não foi o único ato de protesto contra a visita da secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice. Integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Internacional Revolucionária da Juventude também fizeram uma manifestação, por volta das 10 horas, no Centro Histórico de Salvador,  depois que a secretária de Estado norte-americana havia deixado o local. Com faixas e cartazes, eles  pediram que o Haiti e o Iraque fossem desocupados pelos Estados Unidos da América.
Visita relâmpago


 


A secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, passou menos de 24 horas em Salvador. Em sua visita, se reuniu com o governador Jacques Wagner, o prefeito João Henrique Carneiro e outras autoridades locais para conversar sobre o fortalecimento do fluxo turístico entre a Bahia e os Estados Unidos. Ontem à noite, ela participou  ainda de um jantar oferecido pelo governador e  com a presença dos ministros Gilberto Gil , da Cultura, Marta Suplicy, do Turismo e Geddel Vieira Lima, da Integração Nacional, além de artistas e empresários dos setores de turismo e  da construção civil.


 


Na manhã desta sexta-feira, Rice visitou a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, no Pelourinho, onde conheceu um pouco sobre a história da igreja e do Centro Histórico de Salvador. Depois, ela foi para a sede da Companhia de Eletricidade da Bahia (Coelba), na Praça da Sé, onde visitou projetos sociais viabilizados pela Agência de Desenvolvimento Internacional dos EUA (USAID), em parceria com a empresa de energia elétrica. A visita à capital baiana foi encerrada com apresentações culturais.


 


De Salvador,
Eliane Costa