Jornalismo: Morre Edmar Viana, o homem do cartão amarelo

O humor e o jornalismo potiguar perderam esta semana uma das figuras mais humanas e carismáticas. Faleceu terça-feira, dia 25, o chargista Edmar Viana, de 52 anos, gerente de Comunicação da COSERN. Ele estava hospitalizado, devido a uma parada cardíaca, d

Edmar era reconhecido pelos traços e humor refinado das charges. Foram mais de 30 anos de atuação no jornalismo potiguar. Ao lado do colega Everaldo Lopes, no início da carreira, ainda no Diário de Natal, Edmar ficou conhecido pelas ilustrações da coluna ''Cartão Amarelo''. Atualmente, ele era o responsável pelas charges no jornal Tribuna do Norte.



Jornalistas, políticos, empresários e artistas locais estiveram reunidos na missa de corpo presente. Edmar era uma pessoa ligada à arte e cultura, em sua maior essência. Foi o criador e presidente do irreverente bloco carnavalesco ''Poetas, Carecas, Bruxas e Lobisomens'', e se preparava para festejar o quarto ano de existência, no carnaval de Ponta Negra. ''Ele gostava muito da folia, de ver as pessoas animadas. Tinha sempre a satisfação de conhecer novos talentos da região e até fazia planos para, quando se aposentasse, se dedicar, inteiramente, à cultura'', revelou a arquiteta Elizabeth Dantas, amiga de Edmar há mais de 30 anos.



Para o músico Erivaldo do Nascimento Galvão (Babal), Edmar era ''implacável'' nas justificativas de projetos de incentivo à cultura local, levados à análise da Cosern. ''Era difícil alguém não aprovar os projetos dele, pois ali existiam argumentos convicentes, idéias geniais que pretendiam sempre enobrecer patrocinador e patrocinado'', disse. Já o dramaturgo Racine Santos prometeu criar em Natal o primeiro Salão do Humor, para registrar, apresentar e valorizar os humoristas locais. ''Ainda pretendo criar o prêmio 'Edmar Viana' para contemplar os melhores trabalhos na área artística, voltada ao humor. Edmar pode ser uma daquelas pessoas de extrema sensibilidade e inteligência. Era o maestro da alegria'', afirmou Racine.



Edmar também era apaixonado por futebol. Foi torcedor ''rôxo'' do Fluminense e Alecrim Futebol Clube, o qual foi presidente por quatro mandatos. ''Era um amante do futebol, apaixonado pela vida e ser humano de inteligência privilegiada. Sempre nos finais de semana, ficávamos conversando horas, sobre as resenhas do Alecrim. Edmar sempre indicou bons projetos para o time'', lembrou o presidente da torcida Fera, do Alecrim, José Normando Bezerra.



De Natal, Jan varela, com informações do Tribuna do Norte e do Jornal de Hoje.