Márcio Dias, presidente do SINDIPETRO/RN avalia filiaçao à CTB

A diretoria do SINDIPETRO-RN esteve empenhada em mobilizar e envolver toda a categoria neste processo decisório. A importância do tema foi colocada na ordem do dia, ao mesmo tempo em que a diretoria tinha que “tocar” as demais atividades. Em meio a execuç

O que significa a filiação do SINDIPETRO-RN a CTB?


 



A presença de um sindicato respeitado, como é o nosso, em uma central que se apresenta ao país com uma nova postura, com uma nova atitude frente aos desafios que estão colocados para o movimento sindical, fortalece a perspectiva classista. Significa também que a maioria da categoria compreendeu a importância de construir uma central sindical autônoma e com um posicionamento mais crítico em relação ao atual governo, com o desafio de reconstruir, em bases mais avançadas, a unidade do movimento sindical.


 


Quando a CUT deixou de desempenhar esse papel?


 


Hoje existem no país 17 centrais sindicais, portanto, um cenário bem diferente de quando ela surgiu. E isso não ocorreu por acaso. Já algum tempo a CUT deixou de cumprir seu papel político como uma central sindical aguerrida, de luta e independente, e isso foi abrindo espaço para que outras entidades se apresentassem aos trabalhadores no cenário nacional.


 


O que motivou essa perda de referência da CUT?


 


Foram vários fatores, mas um deles é decorrente da postura de parte da sua direção, mais particularmente um setor da Articulação Sindical, e que portanto não representa a sua totalidade mas que insiste em se manter muito atrelada ao governo e que exerce um centralismo e hegemonismo muito exacerbado e equivocado nos encaminhamentos, sem respeitar as demais correntes. EssE setor da Articulação Sindical, por ser majoritário, passou a exercer uma hegemonia dentro da central, alijando as demais correntes qu ajudaram a construir a CUT. Ora, apoiamos o governo e vamos continuar apoiando, mas temos que ter a nossa independência de classe e ter nossas próprias bandeiras de luta para implusionar. Insistir no atrelamento ao governo é um equívoco da CUT e isso só vai agravar ainda mais sua situação política . Muitos sindicatos já saíram e muitos vão continuar a sair.


 


Como é o caso da Corrente Sindical Classista?


 


Sim. Nós da CSC ainda ficamos por muito tempo sofrendo esse desrespeito. A CSC esteve dentro da CUT por muito tempo. Ajudou a tornar esta central uma referência para a luta dos trabalhadores. Mas passou a não ser mais ouvida. Não tínhamos mais espaço dentro da uma central que a cada dia se afasta do seu passado histórico de lutas.


 


Como a categoria assimilou este processo de desfiliação?


 


Há tempos a categoria se queixa do atrelamento exacerbado da CUT ao governo, da sua perda de independência e de combatividade. O que aconteceu agora, a desfiliação, foi um processo natural e em conseqüência da dinâmica da vida sindical, diante da realidade objetiva, do momento histórico. A categoria soube, desde o início do processo, que o encaminhamento dado [de desfiliar o sindicato da CUT] não saiu do nada, do Além, como algo pensado apenas por parte da diretoria.


 


E quais são os desafios agora?


 


Lutar para que os trabalhadores sejam novamente protagonistas das grandes transformações que ainda faltam ocorrer no país, uma tarefa que, com certeza, uma central como a CTB tem condições de executar, ao lado de outras forças políticas. E a chegada do nosso SINDIPETRO-RN, um sindicato que sempre esteve nas trincheiras das lutas, só vem somar para o êxito das lutas


 


 


retirado do www.sindipetrorn.org.br