Sem categoria

Bloco de Esquerda pede a Mantega redução da alíquota de IR

Parlamentares do Bloco de Esquerda reunidos com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na manhã desta terça-feira (29), para discutir a proposta de reforma tributária pediram redução das alíquotas do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF). Segundo o l

Segundo o deputado, o ministro não descartou e nem se comprometeu com mudanças no Imposto de Renda da Pessoa Física. Calheiros disse que Mantega enfatizou que o governo tem feito correções anuais na tabela do IRPF. O deputado disse que alguns parlamentares também pediram uma mudança tributária mais profunda no sentido de trazer mais justiça tributária.
 


Calheiros considerou positiva a disposição do ministro de ouvir os parlamentares para discutir a proposta de reforma tributária. Ele disse acreditar que se houver apoio dos governadores a proposta poderá ser aprovada ainda este ano.



O ex-ministro da Fazenda e deputado Ciro Gomes (PSB-CE), ao contrário, se mostrou cético quanto à possibilidade da reforma tributária ser aprovada ainda este ano pelo Congresso Nacional. “Não vejo a menor chance. Pode ser que eu esteja errado. Eu sou novato”, disse.



Para Ciro, “falta muito” para uma negociação que permita a aprovação da proposta de reforma tributária. “Essa dinâmica que o ministro Guido Mantega com a sua equipe faz de mobilizar frações da opinião parlamentar para submeter a um debate e remover inseguranças e colher a experiência que vem de todos os rincões do País, é que vai atenuar o risco certo de que não passe, porque essa é a tradição”, disse o ex-ministro.



Críticas e preocupações



O deputado e ex-ministro da Fazenda alertou para o risco de a reforma tributária provocar uma ameaça ao processo de industrialização do Nordeste. Segundo ele, “com uma mudança da cobrança do ICMS da origem para o destino, há uma ameaça a toda a base industrial conseguida a duras penas pelas regiões mais pobres do Brasil especialmente no Nordeste, porque o incentivo fiscal que as mobilizou tem por lógica a cobrança do imposto na origem”, afirmou.



Ciro Gomes também manifestou preocupação com a desoneração do ICMS dos produtos que integram a cesta básica. “É muito bom, justo e honesto, que se avance na direção de acabar com impostos na cesta básica, afinal de contas é a principal despesa dos família brasileiras. Só que tem quatro ou cinco Estados do Centro-Oeste, especialmente, que têm como base econômica produtos da cesta básica”, alertou.
 


 
Ele enfatizou que o Brasil tem uma sistema tributário ruim, mas também muito difícil de ser concertado. Na sua avaliação, a decisão do governo de deixar a cobrança de 2% do ICMS nos Estados de origem foi uma “rendição”. “Se o princípio correto é de cobrar no destino, por que reservar ainda 2% na origem? Isso foi uma rendição à pressão dos Estados mais industrializados do País”, criticou.



De Brasília
Com agências