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PSB desafia PT Nacional e aprova a aliança de Belo Horizonte

A Executiva Nacional do PSB, reunida em Brasília nesta terça-feira (29) decidiu incluir tanto o PT como o PSDB na coligação em torno da candidatura a prefeito de Márcio Lacerda.  A aliança pouco usual tem o apoio do atual prefeito da cidade, Fernando

A cúpula nacional do PSB ratificou decisão do Diretório Estadual de Minas Gerais e recomendou a ampliação das alianças. A posição do PSB teve o apoio do deputado e presidenciável do partido, Ciro Gomes (CE), e do governador de Pernambuco e presidente nacional da sigla, Eduardo Campos.



Ciro e Campos entram na disputa



Campos contou que, antes da reunião, encontrou-se com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para antecipar qual seria a decisão em relação à disputa em Belo Horizonte. Ele afirmou que Lula teria compreendido e dito que não vai interferir.



“Não vamos admitir as dificuldades de agora como definitivas”, argumentou Campos. Para o governador, 60 dias “é uma eternidade, ainda mais se tratando de política mineira”. Ele disse não ver relação entre a aliança de BH e o projeto presidencial de Aécio em 2010. “Essa é uma eleição do município de Belo Horizonte. Não tem nada a ver com 2010”, garantiu o governador pernambucano, argumentando que “eleição de 2010 é em 2010”.



Ciro Gomes considerou “inexplicável e incompreensível” a decisão da Executiva do PT. Para ele, “trata-se de um equívoco seja de quem for imaginar que os movimentos de agora da eleição de Belo Horizonte, São Paulo ou Vitória possam representar de forma determinística o que vai acontecer em 2010”.



“Temos obrigação de cerrar fileiras ao lado do nosso candidato e ajudá-lo a vencer”, disse ainda Ciro, sobre a candidatura de Lacerda. “Temos que lembrar que estamos discutindo a sorte de uma das maiores cidades brasileiras, que é a capital de Minas Gerais”, argumentou.



PT nacional mantém a proibição



A direção nacional do PT, porém, não deu sinais de vacilar na deliberação de quinta-feira passada (24), por 13 votos a dois, após três horas de reunião a portas fechadas. Além de não autorizar “em nenhuma hipótese” a coligação com o PSDB de Aécio Neves, a Executiva fixou um calendário eleitoral que se conclui em 30 de maio, para impedir recursos protelatórios que deixem a questão em aberto, dando margem para uma “aliança informal”.



“O partido não quer ser surpreendido e o Diretório Nacional não quer ser atropelado”, disse Gléber Naime, secretário nacional de Comunicação do PT. “Não há razão para retroceder. É legítimo o direito de protestar como também é legitimo o direito da Executiva Nacional de decidir o melhor para o partido”, comentou o secretário-geral petista, deputado federal José Eduardo Cardozo (SP).



Para Cardozo, qualquer recurso do PT de Belo Horizonte junto ao Diretório Nacional será derrotado. “A decisão foi de uma ampla maioria, e será referendada no Diretório Nacional. Um é a expressão política do outro”, disse ele. A única alternativa seria o recurso à Justiça. “Seria um fato inédito dentro do PT. Acharia lamentável”, condenou Cardozo.



PT municipal desafia veto e aprova chapa



Na véspera, o PT municipal da capital mineira, em um gesto de rebeldia contra a decisão da Executiva Nacional, aprovou por maioria a sua chapa para a Prefeitura. Esta tem Marcio de Lacerda (PSB) como candidato a prefeito e o deputado estadual Roberto Carvalho (PT) na vice.



“Não vemos o porquê de mudar este caminho. Vamos persistir nele e agora recorrer internamente nas instâncias do PT para reverter essa decisão equivocada do Diretório Nacional e vamos até o final neste caminho. Vamos fazer a discussão estatutária porque essa decisão da nacional é autoritária e absurda”, afirmou Pimentel na ocasião.



Da redação, com agências