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Deputados querem recuperar direitos dos aposentados

No ato em defesa dos direitos dos aposentados e pensionistas, realizado nesta quarta-feira (14), no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, a deputada Manuela D´Ávila (PCdoB-RS) procurou desfazer a abordagem que vem sendo dada às d


“Isso não é uma disputa geracional, como quer fazer crer aqueles que defendem o fator previdenciário”, disse, acrescentando que o debate deve ser centrado no modelo de desenvolvimento do país – “se é um projeto de desenvolvimento que respeite os que contribuíram ou se é um projeto excludente”, alerta a parlamentar.



Segundo ela, não se pode sacrificar uma geração – a dos aposentados – para que a juventude possa estudar. “Isso não pode ser aceito, diz, enfatizando que não existe contradição entre os que trabalham. A contradição existe entre quem produz e quem acha que o desenvolvimento não deve incluir trabalhadores”. Manuela disse ainda que essa abordagem quer colocar “uma nuvem de fumaça em cima do que é prioritário”.



Para a líder do PCdoB, deputado Jô Moraes (MG), que também participou do ato, o fator previdenciário representa um golpe contra os trabalhadores desferido pelo governo neoliberal do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.



Frente Parlamentar



Paim convocou os presentes ao ato ao lançamento da Frente Parlamentar em Defesa das Reivindicações de Aposentados e Pensionistas, marcada para a próxima segunda-feira (19).



E Jô Moares destacou a importância da participação do movimento sindical para apoiar a aprovação do fim do fator previdenciário e a vinculação do aumento dado ao salário mínimo para os aposentados, lembrando que em matérias em que se contrapõem os interesses do capital e dos trabalhadores, existe sempre muita dificuldade para os trabalhadores.


 


A Câmara deve votar os projetos, já aprovados no Senado, que restabelecem direitos aos aposentados que foram perdidos durante o governo FHC, com a adoção do fator previdenciário, o fim da vinculação do reajuste de aposentadorias e pensões ao salário mínimo e a regulamentação da Emenda 29, que destina mais recursos para a saúde.



A líder do PSOL, deputada Luciana Genro, propôs a formação de uma comissão representativa com o objetivo de pressionar a presidência da Câmara a incluir as três medidas na pauta de votação da Casa. ''O desafio é garantir que as propostas sejam votadas. Se forem a voto, tenho certeza que nenhum deputado ousará ser contra. Por isso o governo quer engavetar até passar as eleições municipais. Não podemos deixar isto acontecer''.



O fator previdenciário foi o mecanismo adotado pelo governo neoliberal do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que reduz em até 40% as aposentadorias e pensões dos que integram o Regime Geral da Previdência. A medida prejudica principalmente os mais pobres, que começam a trabalhar mais cedo.



De Brasília
Márcia Xavier