Agroecologia: Lula Morais realiza debate sobre agricultura orgânica

Também participaram do seminário o secretário adjunto de Desenvolvimento Agrário (SDA) do Estado, Antônio Amorim; o diretor da Associação dos Produtores Orgânicos de Ibiapaba (Apoi); João de Freitas Lopes; e o monitor da Escola Familiar Agrícola Dom Fragoso do município de Independência, José Joaquim Machado Neto.

Durante o seminário, foram debatidos temas como agricultura orgânica, a produção e mercado de produtos agroecológicos e a agricultura familiar. Este último tema foi abordado pelo secretário adjunto, Antônio Amorim, que também apontou as diretrizes da SDA até o ano de 2011. Dentre os objetivos, ele destacou como sendo prioridade a elaboração de um plano de desenvolvimento rural sustentável, que inclui a democratização do acesso à terra, direitos e inclusão social, descentralização do sistema estadual de agricultura e territorialização do espaço rural. Conforme Amorim, 451 famílias cearenses já participam do programa de apoio à agricultura orgânica, desenvolvido pela SDA.

O diretor da Apoi, associação que existe desde 2001 e conta com 12 membros dos municípios da Serra da Ibiapaba, João de Freitas Lopes, registrou a “superioridade” do alimento orgânico. Segundo ele, além de serem produzidos por meio de técnicas e métodos que não agridem o meio ambiente, e respeitarem as leis trabalhistas em todo o processo, o alimento orgânico tem uma maior concentração de vitamina C e também maior teor de nutrientes, ausência de resíduos tóxicos e a sua colheita e embalagem são higiênicas.
         

Para João de Freiras, o agente rural orgânico é “um agente de mudanças”, uma vez que, além de oferecer produtos ricos e saudáveis, “faz gratuitamente aquilo que o Estado deveria fazer”, disse. Ainda de acordo com o diretor, o Brasil é a segunda maior área de produção agrícola orgânica do mundo. No entanto, 70% do que é produzido no País é exportado para países europeus, “pelo poder de compra e consciência quanto à importância do produto orgânico”. João de Freitas finalizou a sua apresentação pedindo uma maior assistência técnica e recursos financeiros, por parte do Governo do Estado, para a produção de alimentos orgânicos.

José Joaquim Machado Neto, monitor da Escola Familiar Agrícola Dom Fragoso, relatou o trabalho desenvolvido em Independência com filhos e filhas de agricultores. “A escola foi fundada em 2002 e ensina práticas de produção e cultivo, respeitando o meio ambiente e evitando o exôdo rural”, ressaltou José Neto.

O seminário de Agroecologia tem continuidade na próxima segunda-feira, 26/08, com o V módulo que abordará a “Soberania alimentar e nutricional” ( palestrantes: Selma Azevedo – Economia Doméstica da UFC e Elza Braga – Sociologia da UFC) e “Método de Organização de Produtores Orgânicos”( palestrantes: Bráulio Magalhães e Regina Santiago – Associação de Desenvolvimento de Agriculrura Orgânica).

Fonte: www.lulamorais.com.br