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Emprego formal cresce 21% nos quatro primeiros meses do ano

A criação de empregos com carteira assinada teve queda de 2,47% em abril na comparação com o total de vagas abertas em abril de 2007. Os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostraram que, no mês passado, foram geradas 294.522 v

Se o resultado de abril teve ligeira queda, os números do quadrimestre foram 21% maiores que os do mesmo período em 2007, o que significa recorde da série histórica do Caged. De janeiro a abril, foram abertos 848.962 postos de trabalho no país.



O mês de abril teve perda de empregos nos estados de Alagoas e Pernambuco. Somados esses dois saldos negativos, a retração foi de 14.445 postos de trabalho, resultado que surpreendeu Lupi, apesar da sazonalidade da agroindústria sucroalcooleira. No mês passado, o setor de serviços criou 97.426 vagas, seguido de indústria (82.740), agricultura (38.627), comércio (34.733), construção civil (32.071) e administração pública (5.251).



No mês passado, os quatro segmentos do setor de serviços que mais criaram postos de trabalho foram os de comércio e administração de imóveis, alojamento e alimentação, transportes e comunicação e médicos/odontológicos. Na indústria, os cinco destaques apresentados pelo Ministério do Trabalho foram os de alimentos, metalurgia, material de transporte, têxtil e calçados.



Na agricultura, Lupi ressaltou os bons desempenhos do emprego celetista nas culturas da cana nos Estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso e Minas Gerais e do café em Minas Gerais, Espírito Santo e Bahia. As regiões metropolitanas, em abril, criaram 89.724 empregos com carteira assinada, resultado menor que o dos municípios do interior dos Estados (151.837).



Os números acumulados do Caged para o primeiro quadrimestre mostraram recordes de criação de empregos para o período nos serviços (310.016), na indústria (228.986), na construção civil (131.725) e na administração pública (26.433).



Lupi manteve seu otimismo e garantiu que a criação de empregos neste ano será recorde e ficará acima da marca de 1,8 milhão de empregos sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O ministro também reafirmou que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) será maior que 6%. Na perspectiva dele, maio terá ótimo desempenho, impulsionado pelo Dia das Mães. Ele ainda acha que a marca dos 212.217 postos criados em maio do ano passado será superada. Lupi disse acreditar que, nos cinco primeiros meses de 2008, o Caged vai mostrar criação de mais de 1 milhão de vagas. “O Brasil tem crescimento sustentado e diversificado em todas as regiões”, comentou.



O ministro também afirmou que a política monetária terá de der “reavaliada” porque, na sua opinião, a inflação está controlada e a valorização do real prejudica seriamente os exportadores. Portanto, aumentar os juros é aumentar o prêmio para a entrada de capitais, o que vai valorizar ainda mais a moeda nacional.



Fonte: Valor Econômico