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Chávez: nova união sul-americana deve focar Mercosul

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, disse neste sábado (24) que a assinatura do Tratado Constitutivo da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) é importante porque representa a união para a independência e libertação da América Latina. Ele vê o futuro

“Por esse enfoque devemos impulsionar o Mercosul, quer dizer, pelo enfoque econômico”, afirmou Chávez, em entrevista à Agência Bolivariana de Notícias (ABN), agência estatal venezuelana. O presidente tem defendido repetidas vezes que a Unasul representa a verdadeira integração regional nas áreas energética, econômica e política — e qualificou como positivo o resultado da reunião de cúpula.


 


Um ano e meio atrás, durante encontro da então existente Comunidade Sul-Americana de Nações (Casa), Chávez fez duras críticas à maneira como estava sendo conduzida a integração — segundo ele, os discursos dos presidentes cheiravam a morfina. À época, Chávez defendeu a substituição daquele órgão pela Unasul, agora concretizada.


 


Ainda nesta sábado, em ato sobre a retomada energética do estado venezuelano de Mérida, Chávez ressaltou a importância estratégica da Unasul. ''É mais importante do que se pode perceber à primeira vista. União para os povos, economias, para a independência e libertação'',


 


Solução de impasses


 


Na mesma ocasião, Chávez felicitou seu colega equatoriano, Rafael Correa, por ser hoje o dia da independência do Equador. “Esse povo está lutando uma nova batalha de Pichincha'', afirmou o mandatário venezuelano, em referência à batalha que selou a independência do Equador, em 24 maio de 1822.


 


O venezuelano acredita que um novo processo de negociação pode ter se iniciado na sexta-feira. “Essa cerimônia serviu para muitas coisas. A reunião, a assinatura do tratado, o debate que fizemos. Eu falei com Álvaro Uribe (presidente colombiano), demos as mãos e conversamos por vários minutos.”


 


Chávez comentou a acusação feita pela Interpol sobre uma suposta ligação das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) com os governos de Equador e Venezuela. Para Chávez, a “denúncia” — que se baseia em consulta a computadores oficiais — não passa de manobra para atrapalhar a integração regional.


 


“Esse show dos computadores é uma artimanha a mais para frear o processo de integração da Unasul e causar problemas entre países vizinhos e irmãos”, disse o presidente. Segundo ele, as relações com o governo colombiano se deterioraram “muitíssimo” a partir da publicação do informe da Interpol.