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Obama diz que não suspenderá embargo a Cuba e cutuca Chávez

O pré-candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos, Barack Obama, assegurou nesta sexta-feira (23), em Miami, que, caso chegue à Casa Branca, “mudará radicalmente” a política de Washington em relação à América Latina. As ações, segundo seu discurs

Obama disse ainda que “não tolerará” que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) recebam ajuda de países do continente. O pré-candidato criticou ainda a política do presidente George W. Bush para a região e as posições do virtual candidato republicano, John McCain.


 


Em um almoço organizado pela entidade anticastrista Fundação Nacional Cubano-Americana (FNCA), Obama  disse que seu governo se comprometerá de maneira direta com o hemisfério americano e lançará uma iniciativa regional para o combate ao narcotráfico e à corrupção.


 


“É o momento de uma nova aliança das Américas”, disse Obama em sua apresentação perante uma platéia composta de 850 pessoas que pagaram US$ 150 para almoçar com ele. “É a hora de os Estados Unidos voltarem a estender uma mão de ajuda que seja um raio de esperança”, disse. “Depois de oito anos de políticas fracassadas, necessitamos de uma agenda que promova a democracia, a segurança e a oportunidade”.


 


Referindo-se à sua estratégia em relação a Cuba, Obama negou que tenha tentado se reunir com o atual presidente da ilha, Raúl Castro, como havia dito seu rival John McCain. “É hora de permitir que os cubano-americanos vejam seus familiares na ilha. É hora de permitir que o dinheiro cubano-americano diminua a dependência dessas pessoas do regime de (Fidel) Castro”.


 


A política anunciada por Obama difere um pouco da adotada pelo atual presidente americano, George W. Bush, que, em 2004, pôs em vigor várias normas que permitem a cubano-americanos e americanos visitarem parentes diretos na ilha uma vez a cada três anos, mas proíbe contatos com familiares como tios ou primos.


 


No ato desta sexta-feira, o senador prometeu, que um dos primeiros passos que dará em relação a Cuba, caso seja eleito, estará dirigido à libertação dos presos políticos. Obama ainda disse que denunciará qualquer tipo de apoio de governos da região às Farc e que apoiará a “luta do governo colombiano contra a guerrilha” — o que respalda a vergonhosa invasão militar colombiana no Equador neste ano.


 


Em uma referência indireta ao Tratado de Livre Comércio com a Colômbia, que está parado do Congresso americano, o senador por Illinois disse rechaçar o ponto de vista de McCain e Bush de que “qualquer acordo comercial é um bom acordo”. Sobre o presidente venezuelano, Hugo Chávez, Obama prometeu postura crítica.