Bloco de esquerda consolida apoio ao PT no Piauí

O bloco vai fazer aliança majoritária com o PT, PMDB, PMN e PRB. Para eleição proporcional de vereadores o bloco fez aliança proporcional e vai lançar 40 candidatos, sendo 14 do PDT, 13 do PCdoB e 13 do PSB. Esse acordo consolida o bloco de oposição ao prefeito Sílvio Mendes, que já havia recebido as adesões do PMDB, do deputado Themistocles Filho, do PMN, do Pastor Macedo e do PRB, do Pastor Jessivaldo.

Nazareno Fonteles fez questão de ressaltar várias vezes o importante papel do governador Wellington Dias para a concretização da aliança. “Foi uma construção difícil, mas estou aberto para ouvir a todos, embora meu jeito às vezes não demonstre isso”, disse.
Ele acrescentou que sem o gesto solidário dos partidos em prol da causa maior do projeto de administrar Teresina, não haveria avanço nas causas defendidas pelas quatro siglas. “A direita sempre apostou na divisão da esquerda. A nossa unidade agora é importante e devemos isso muito ao governador”.

O pré-candidato frisou a facilidade com que Wellington Dias transita e dialoga com os diversos partidos. Ele elogiou ainda o esforço do PCdoB, PSB e PDT em se unir na construção de um projeto único para governar Teresina, projeto este que tem muitos pontos comuns, em seu entendimento. “Espero ser portador desse esforço solidário. A nossa campanha tem de ter não só união, mas coração. Será uma campanha bonita, de bom nível”, discursou Fonteles.

Flávio Nogueira (PDT) foi o primeiro a falar durante o anúncio oficial de apoio do bloco de esquerda à Fonteles. Ele disse que identificava propostas do seu partido com as do PT. “Não poderíamos estar em campos diferentes e indiferentes. Narazeno terá nos três partidos a lealdade e confiança para que possamos vencer no 1° turno das eleições. Estamos juntos nessa caminhada, que é árdua. Mas lembramos que quem começa na frente (PSDB), com arrogância acaba perdendo para os mais humildes”.

Enquanto Osmar Júnior (PCdoB) disse que união do bloco começou a ser construído a partir do Congresso Nacional, em resposta ao clamor por um país mais junto e democrático. “Isso está na Constituição, na redemocratização do país e na eleição do presidente Lula. A construção desse bloco aconteceu para fortalecer o processo de transformação do Brasil”, argumentou. Osmar Júnior falou ainda para Nazareno Fonteles que a forma de enfrentar a campanha é debater a cidade.

Já o vice-governador Wilson Martins (PSB) destacou que a militância do bloco socialista para enfrentar a campanha junto com o PT. “Eleição a gente sabe como começa, mas não como termina. O que não vale é se acovardar e não participar dela; tem que olhar no olho do eleitor, se colocar no lugar dele. Não vamos inventar a roda, queremos é fazer acontecer. Temos que discutir Teresina e essa discussão deve ser travada nas eleições”.