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Crivella afirma que lamenta, mas aceita decisão do TRE do Rio

O senador Marcelo Crivella divulgou, na tarde desta terça-feira (24), nota afirmando que lamenta, mas acata a determinação do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), sobre a proibição do Exército em continuar as obras do projeto Cimento Social, de sua

Um pouco antes da divulgação do comunicado de Crivella, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, informou que as tropas do Exército já deixaram a Providência.



Na decisão do TRE, o juiz Fábio Uchoa, responsável pela fiscalização da propaganda eleitoral no município do Rio, afirma que “a obra tem cunho eleitoral e beneficia o senador e pré-candidato do Rio Marcelo Crivella (PRB), em detrimento dos demais interessados no pleito de 2008”.


 


No último dia 14, três jovens morreram depois de serem detidos por militares quando voltavam de um baile funk no morro. Ele foram levados por homens do Exército e entregues a traficantes do Morro da Mineira, controlado por uma facção criminosa rival. Os corpos foram encontrados num lixão na Baixada Fluminense.


 


Segundo o comunicado do senador, ele lamenta que a obra tenha sido paralisada, porque, de acordo com Crivella, a interrupção vai tirar o emprego de “cerca de 150 trabalhadores contratados para trabalhar na recuperação da estrutura e da fachada das casas, inclusive moradores do próprio Morro da Providência”.



Crivella também negou qualquer “conotação eleitoreira do projeto Cimento Social”, alegando que pretende transformá-lo em lei.


 


Veja a nota do senador Marcelo Crivella na íntegra:


 



“A propósito da recente decisão do juiz Fábio Uchoa, do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, tenho a dizer:


 


1. Respeito e acato a decisão da Justiça Eleitoral que determinou a suspensão das obras do projeto Cimento Social, realizadas pelo Exército brasileiro no Morro da Providência;


 


2. Lamento, no entanto, que obra tão importante para a melhoria das condições de vida de 782 famílias tenha sido paralisada, por causa da contaminação do debate político provocada pela proximidade da disputa eleitoral; as obras foram propostas ao presidente Lula em maio de 2007 mais de um ano atrás e iniciadas em dezembro de 2007;


 


3. Lamento ainda que a suspensão da reforma das casas possa deixar sem emprego cerca de 150 trabalhadores contratados para trabalhar na recuperação da estrutura e da fachada das casas, inclusive moradores do próprio Morro da Providência;


 


4. Por último, nego qualquer conotação eleitoreira do projeto Cimento Social, que pretendo ver transformado em lei, conforme o projeto de número 541/2007, que apresentei no Senado federal em setembro do ano passado. O projeto estende os benefícios do Cimento Social a todas as áreas de risco das grandes cidades brasileiras.”


 


Fonte: G1