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Justiça Aberta revela os números do Judiciário  

A partir do Sistema Justiça Aberta, qualquer cidadão terá acesso aos dados estatísticos do Judiciário e poderá conhecer os números da Justiça Brasileira. O Sistema foi lançado nesta terça-feira (24) pelo presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ)

Os números vão revelar dados da atividade dos juizes e permitirá que se saiba, com maior precisão, a média de tempo de julgamento de cada um dos tribunais do país, dado que até então não existia.
 


O Sistema disponibilizará informações de três diferentes áreas: judicial, extrajudicial e população carcerária. Com um simples click, no endereço www.cnj.gov.br ,  a pessoa terá informações detalhadas de uma Vara. Por exemplo, o número de audiências realizadas, quantidade de processos arquivados e concluídos, número de funcionários, informações geográficas como a localização da Vara, com endereço, telefone e endereço eletrônico, além de dados do titular.
 


Esse mesmo tipo de informação relacionada aos cartórios e aos órgãos dos Tribunais de Justiça também estará disponível.



O juiz auxiliar da Corregedoria, Murilo Kieling, acredita que em uma semana, os dados já deverão estar concluídos. A exceção será o levantamento da população carcerária, cujos números serão constantemente atualizados com informações repassadas pelos juízes que, mensalmente visitarão as unidades prisionais, conforme determinação do CNJ. Até o momento, 762 unidades prisionais foram inspecionadas no país.



Análise segura



O presidente do CNJ, Gilmar Mendes disse que o Sistema Justiça Aberta faz parte de uma nova etapa do Judiciário e vai possibilitar um diagnóstico para detectar falhas e aperfeiçoar a Justiça. “Não se trata de um ranking de produtividade das atividades dos juízes, que são peculiares, mas uma análise segura das demandas existentes”.
 


Para o Corregedor Nacional de Justiça, ministro César Asfor Rocha, com os dados disponibilizados pelo Justiça Aberta, o CNJ poderá traçar diretrizes estratégicas “que possam racionalizar o desempenho do Poder Judiciário Brasileiro”. Segundo ele, a morosidade da Justiça, tão reclamada pelos cidadãos, está na gestão e não no trabalho específico dos juízes. “E sem dados concretos é impossível vencer as demandas judiciais”.


 
Fonte:  Conselho Nacional de Justiça