Defensores de Obama criticam seu apoio à espionagem
Milhares de americanos partidários do candidato presidencial democrata, Barack Obama, criticam a decisão do político de apoiar uima leu para fortalecer a espionagem interna, assinala nesta terça-feira (2) o jornal The New York Times.
Publicado 02/07/2008 14:39
De acordo com a fonte, grande quantidade de indivíduos protestam contra a postura do aspirante à presidência, por meio das mesmas vias que até pouco tempo utilizaram para apoiá-lo.
“Cerca de sete mil pessoas manifestaram sua discordância em um portal digital estabelecido para dar impulso à campanha do senador pelo Estado de Illinois, enquanto outros enviaram e-mails ou fizeram chamadas telefônicas”, aponta o diário.
“Obama”, relembra o diário, “pronunciou-se a favor da lei que dá novos poderes para a administração de George W. Bush, documento que permite fortalecer a vigilância sobre os americanos e protege empresas de comunicação que decidam auxiliar as autoridades em tais propósitos”.
“Nunca tinha vista tantos seguidores de Obama opostos a um critério definido por ele”, comentou o administrador de um site, Glenn Greenwald, que considerou uma “traição” a decisão do parlamentar.
Decepção similar disseram sentir os cidadãos Robert Arellano e Jane Hamsher.
“Durante as últimas primárias, o pretendente democrata à Casa Branca repudiou tal iniciativa legal, entretando, mudou repentinamente de opinião”, adverte o jornalista James Risen.
De acordo com o jornalista, Obama parece mover-se para posições mais ao centro da política americana, “o que”, estima, “poderá gerar conflitos com os liberais”.
A polêmica legislação pretende substituir a Lei de Vigilância de Inteligência Estrangeira, sancionada em 1978 e conhecida como FISA, por suas siglas em inglês.
Em meados de junho, a Câmara dos Representantes aprovou tal projeto, e analistas esperam que o Senado faça o mesmo na próxima terça-feira.
Organizações não governamentais, entre elas a União Americana para as Liberdades Civis, criticaram a iniciativa, que permite a agências federais de investigação de interceptar conversas telefônicas, inclusive sem a necessidade de contar, em determinadas circunstâncias, com a autorização da Justiça do país.