Jandira denuncia: “Faltam médicos no Souza Aguiar”

A candidata a prefeita do Rio Jandira Feghali (PCdoB-PSB-PHS-PTN) esteve, no dia 22, no Hospital Souza Aguiar, no Centro do Rio, para verificar as reais condições de atendimento e as necessidades da rede de saúde municipal. “O principal problema é o défic

“O Hospital Souza Aguiar está completamente lotado. Não vi vaga em nenhum setor. O principal problema é o déficit de pessoal. Faltam médicos e enfermeiros”, constatou, assinalando que hoje o desafio do poder público no Rio de Janeiro é a saúde, a defesa da vida das pessoas.



Com a experiência adquirida como médica que sempre trabalhou em hospitais públicos, a candidata propõe uma mudança na gestão dos hospitais para desafogar e organizar a rede de atendimento dos municípios, do Estado e do governo federal. “A Prefeitura precisa coordenar um consórcio metropolitano para estabelecer o planejamento de atendimento e a compensação financeira. O usuário não pode ser rejeitado por nenhum hospital, não importa de onde venha. Quem tem que resolver o problema do atendimento – seja de urgência ou de emergência – são os gestores do poder público”, disse Jandira, observando que, se todos os postos de saúde, as policlínicas 24 horas, as maternidades e os hospitais estivessem em pleno funcionamento, não haveria superlotação.



“O Rio tem o pior programa de saúde da família de todo o Brasil, com menos de 7% da população atendida. Em Belo Horizonte, por exemplo, a cobertura chega a 89% e a cidade tem dois milhões de habitantes”, comparou, garantindo que, se o gerenciamento do programa for feito corretamente, o chamado médico de família será também um importante instrumento para evitar a superlotação hospitalar.



“O município é o gestor responsável pela saúde e a sociedade tem que cobrar isso. A Prefeitura deve ser a coordenadora da integração das redes do município, do estado e do governo federal na saúde. Eu assumirei a responsabilidade e quero ser cobrada por isso”, assinalou.



Para melhorar a situação do atendimento, Jandira pretende redistribuir pessoal médico e de apoio, além de contratar mais profissionais. “Temos de rever e implantar o plano de cargos e salários do município. Nenhum médico irá fazer concurso para receber apenas R$ 660 de salário. Cabe à Prefeitura investir na capacitação de seus funcionários”, enfatizou.