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Paraguai anuncia auditoria nas contas de Itaipu

O novo diretor paraguaio da usina hidrelétrica de Itaipu, Carlos Mateo, anunciou nesta segunda-feira (18) que fará uma auditoria das contas da hidrelétrica por meio da controladoria e da procuradoria geral da Nação. “Nos comprometemos a facilitar toda a i

No ato em que foi empossado como diretor, Mateo anunciou que também acordou com o chefe da parte do Brasil, Jorge Samek, a abertura do cadastro das empresas que fornecem serviços a Itaipu, a maior hidroelétrica do mundo em funcionamento.



A administração paraguaia da usina binacional, sobre o rio Paraná e na fronteira entre Brasil e Paraguai, jamais abriu as contas de Itaipu ao controle externo, desde a assinatura do tratado, entre os ditadores militares Alfredo Stroessner e Garrastazú Medici, em 1973.



O novo presidente do Paraguai, Fernando Lugo, prometeu em sua campanha eleitoral tornar transparente a administração de Itaipu, considerada como um dos principais focos de corrupção do país.



Mateo também ressaltou que as negociações com o Brasil sobre as reivindicações paraguaias de aumento de preço no excedente de energia comprado pelos brasileiros não serão fáceis. “Quem acredita que isto vai a ser uma coisa fácil, está enganando a opinião pública”, disse.



Segundo Mateo, os funcionários da represa ganham salários “de primeiro mundo”. Disse também que limpará Itaipu dos funcionários fantasmas, referindo-se a cerca de 500 pessoas que recebem salários sem trabalhar.



Disposição em ajudar



Após a posse de Lugo, na última sexta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que estava disposto a negociar as reivindicações paraguaias, mas advertiu que qualquer reajuste levará em conta o impacto no bolso dos consumidores brasileiros.



A central hidrelétrica de Itaipu, a maior do mundo em funcionamento, fornece 19% da eletricidade consumida pelo Brasil. O Paraguai utiliza apenas 5% da eletricidade produzida lá e vende o restante ao Brasil.



De acordo com as autoridades paraguaias, essa venda representa cerca de US$ 300 milhões por ano. Assunção pretende aumentar esse número para cerca de dois bilhões de dólares.



Da redação, com agências