Força federal deve chegar ao Rio em até sete dias

“Em até sete dias estaremos em campo”. Com essa expectativa o ministro da Defesa, Nelson Jobim, saiu da reunião com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Carlos Ayres Britto, na manhã do dia 4, em que se tratou o envio de forças fede

Serão entre 450 e 900 homens, fora o contingente das Polícias Civil e Militar do estado. Jobim revelou que o presidente Ayres Britto aceitou a sugestão de se usar o sistema de mobilidade das tropas, em que os homens da força se deslocariam de um ponto a outro da cidade, entre as 17 localidades apontadas como prioritárias pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE/RJ), seguindo um calendário de deslocamentos definido pela própria Corte estadual.



Isso porque a situação do Rio é atípica, salientou Jobim. Ao invés de visar apenas o dia da eleição, como normalmente ocorre, a operação no Rio busca dar regularidade ao processo eleitoral. A situação do Rio, amplamente divulgada pela imprensa, narra que comunidades vêm sendo controladas por traficantes de drogas e milicianos, que intimidam eleitores, impedem o acesso de candidatos não ligados ao crime e dificultam a cobertura da campanha pela imprensa.



Outro ponto que deve ser definido antes pelo TSE, segundo Jobim, são as chamadas “regras de engajamento”. De acordo com o ministro da Defesa, essas regras são as atitudes que os soldados devem ter durante a operação, como por exemplo, se podem atirar ou prender pessoas.



Ao final da entrevista, Jobim adiantou que a operação vai reunir homens do Exército, da Marinha e Fuzileiros Navais, e será coordenada pelo Exército, por meio da Cosi (Coordenação de Operação de Segurança Integrada). Também participaram da reunião o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Alberto Menezes Direito e o general Enzo Peri e o almirante-de-esquadra Prado Maia de Faria.