Gomyde destaca programas para a juventude em debate no Colégio Estadual

O candidato do PCdoB a prefeito de Curitiba, Ricardo Gomyde, participou na noite dessa sexta-feira (12/9), no Salão Nobre do Colégio Estadual do Paraná (CEP) do debate entre os candidatos a prefeitura de Curitiba.

Gomyde focou a necessidade de uma polítca para a juventude apresentando propostas para a educação, esporte, lazer e emprego.


 



As duas primeiras perguntas foram iguais a todos os candidatos. Começou pelo que fazer para a criança e o jovem de Curitiba? ''O maior problema de Curitiba não é a falta de metrô ou outra promessa fantasiosa. É a falta do que fazer pelo nosso jovem, principalmente os de regiões de mais baixo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). O grosso da violência é entre os jovens. Precisamos de equipamentos culturais e esportivos. Na região Sul nós não temos nada'', cobra o candidato.


 


Ainda em resposta à primeira questão, Gomyde fala do incentivo para o jovem. ''Ele precisa do primeiro emprego, da ampliação da parceria para o Projeto Segundo Tempo do Governo Federal, com atividades recreativas e esportivas no contra-turno escolar. O passe escolar é outra conquista fundamental para quem entende a educação como elemento transformador da sociedade. Das grandes cidades do país e do estado, só Curitiba não tem. É por falta de visão, de pessoas que não compreendem prioridades'', reclama.


 


Na segunda participação, Gomyde respondeu sobre filas nos postos de saúde e hospitais públicos de Curitiba. ''Isso se resume no orçamento, que deve contemplar os programas sociais. É preciso investir em tecnologias e em profissionais'', alerta.


 


Depois Gomyde respondeu a uma pergunta do candidato do Partido Verde, Maurício Furtado, sobre a Linha Verde. ''Foi pensada para integrar a Região Metropolitana, mas atende só um pequeno trecho e ainda assim sem transposição de nível. Sem viadutos e trincheiras, a cidade fica dividida em duas. Também temos outros problemas viários. Curitiba precisa de soluções para o transporte de massa. Falta planejamento. Os últimos foram o Plano Agache – referência ao urbanista e arquiteto francês Alfredo Agache –, na década de 40, e o Plano Diretor do ex-prefeito Ivo Arzua, na década de 60.''


 


Na sua vez de questionar um candidato, Bruno Meirinho, do PSOL, Gomyde aproveitou para explorar um assunto que conhece bem, o esporte, por ser durante cinco anos presidente da Paraná Esporte. ''Por que Curitiba é a única cidade do estado que não participa dos Jogos Abertos do Paraná? Porque não investe no esporte. A atual administração reduziu pela metade o orçamento que já era pouco, para apenas 0,5%. O esporte é fundamental para a formação do cidadão. Investir no esporte é deixar de gastar futuramente na segurança, na saúde e na recuperação de víciados.''


 


A última pergunta foi do auditório e provocou Gomyde a falar de um ponto muito valorizado em seu plano de governo: a capacitação técnica do jovem. ''Em primeiro lugar vamos criar uma Central de Estágio, que atenda mais o interesse do jovem que do intermediário. Em segundo lugar, vamos estabelecer uma política orçamentária para colocar o jovem no mercado de trabalho. Hoje ele enfrenta discriminação pela falta de experiência. Temos que dar incentivo fiscal para abrir vagas aos jovens. Vamos oferecer perspectivas e esperanças aos jovens, senão vamos dilacerar a família.''


 


Nas considerações finais, para um público de estudantes na maioria, Gomyde dedicou mais espaço ao jovem. ''A saída para os problemas atuais e a esperança passam pela juventude. Ao longo da história foi uma camada que sempre se mobilizou. O Colégio Estadual do Paraná, onde também estudei, é testemunho dessa força, em várias manifestações'', elogiou. E encerrou o discurso cobrando novamente o passe escolar. ''Coincidência ou não, o setor de transporte financia as campanhas políticas, o metrô, que seria uma concorrência, não sai do papel, e não se faz licitação para explorar o serviço há mais de 30 anos'', suspeita Gomyde.