Professores gaúchos paralisam 60% das escolas por piso salarial
Professores realizaram protestos nesta terça-feira (16) em todo o Rio Grande do Sul em defesa da implantação do piso salarial nacional. O governo estadual tem até 2009 para garantir dois terços do valor do piso, de R$ 950,00, para os profissionais que
Publicado 17/09/2008 12:10 | Editado 04/03/2020 17:11
A presidente do sindicato da categoria, o CPERS, Rejane de Oliveira, afirma que o governo não entende o avanço que a lei traz para a educação. Ela aponta o fato do professor poder se dedicar mais na preparação de aula, correção de provas e trabalhos como um dos pontos positivos da lei.
“A partir de 2010, incidir as vantagens do plano de carreia, que é justamente neste momento que nós vamos ter algum avanço salarial. E o outro tema é o da jornada de trabalho, porque o governo não compreende a importância que os trabalhadores em educação tenha um tempo para o pensar pedagógico”, diz.
Em Porto Alegre, cerca de 600 professores realizaram ato público em frente à Secretaria Estadual de Educação (SEC). Depois, os manifestantes caminharam até à prefeitura da Capital, onde protestaram contra a ameaça de fechamento da Escola Estadual de 1º e 2º graus Presidente Costa e Silva, no bairro Glória. O prefeito José Fogaça pediu que o prédio seja entregue até o final do ano e a SEC pretende remanejar os estudantes do ensino médio para outra instituição. A escola, que existe há mais de 40 anos, atende cerca de 800 alunos, vindos principalmente das oito vilas do entorno.
De acordo com levantamento do CPERS, entre 60 e 70% das escolas gaúchas aderiram à mobilização. Nas instituições onde não ocorreu paralisação, os turnos foram reduzidos para que os professores debatessem o tema do piso salarial nacional.
A mobilização, organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), também ocorreu em outros estados e irá se repetir todos os dias 16 do mês, até Dezembro.
Agência Chasque