Arrecadação estadual cresce acima do PIB

A arrecadação própria do governo do Ceará, no último mês de agosto, chegou a aproximadamente R$ 451,66 milhões. A cifra representa um incremento de 29,73% sobre o valor arrecadado no mesmo mês do ano passado. No acumulado do ano, a receita da arrecadação própria já soma R$ 3,27 bilhões, o que equivale a um aumento de 22,37% sobre o montante recolhido pelo Fisco de janeiro a agosto de 2007. Na comparação com julho de 2008, a arrecadação de agosto deste ano cresceu 12,65%.

Segundo o secretário da Fazenda, Mauro Benevides Filho, é importante destacar que a arrecadação própria do Estado está crescendo simultaneamente com a redução da carga tributária estadual (desoneração de produtos) e com o aumento da eficiência fiscal, elevando-se, inclusive, em um ritmo superior ao desempenho da economia do Ceará. ´Considerando o crescimento do PIB do Estado no primeiro semestre do ano, 5,9%, a arrecadação própria está crescendo, no acumulado de 2008, quase quatro vezes o que cresceu a economia estadual no período´, ressaltou. Por sua vez, acrescentando as transferências constitucionais da União à arrecadação própria do Estado, os cofres do Tesouro estadual receberam, no oitavo mês do ano, R$ 756,13 milhões, cerca de 33,20% a mais que no mesmo mês do ano passado. Na comparação com janeiro a agosto de 2007, o incremento da arrecadação total no período foi de 22,56%,totalizando R$ 5,65 bilhões.

Desempenho do ICMS

Só a arrecadação do ICMS, maior fonte de recursos do Tesouro estadual, cresceu 30,08% em agosto de 2008 em relação ao mesmo mês de 2007, somando R$ 442,33 milhões. De janeiro a agosto deste ano, o tributo já acumula R$ 3,02 bilhões, o que representa um aumento de 22,23% em relação ao mesmo período do ano passado. Para 2008, o titular da Fazenda projeta uma arrecadação total do ICMS de R$ 4,5 bilhões, o que equivaleria a 17% de aumento em relação ao total arrecadado com este tributo em todo o ano de 2007.

Entre os setores da economia cearense que mais contribuíram para o incremento da arrecadação estadual, em agosto deste ano, estão combustíveis, com um acréscimo de 41,95% no recolhimento; seguido da indústria, com 34,3%; produtos agropecuários, registrando aumento de 28%; energia elétrica, com 16,6%; e ainda o comércio varejista, com 14,8% de crescimento. ´A surpresa ficou por conta da indústria, setor que muitos consideravam estagnado e com um aumento na arrecadação como este, assim como na geração de empregos formais, prova o contrário´.