Pacto entre vereadores tenta evitar esvaziamento

O presidente Tin Gomes chamou atenção dos parlamentares, que se comprometeram a comparecer aos trabalhos até o fim de setembro

Mais um dia de sessão na Câmara Municipal e plenário com a ampla maioria de vereadores presentes. O que era para ser comum chamou a atenção pelo quase ineditismo: desde que o segundo semestre legislativo começou, foram raras as vezes em que o painel eletrônico da Casa registrou a presença de mais de 30 parlamentares. Ontem, 38 vereadores foram cumprir seus deveres, deixando de lado, por algumas horas, a campanha para reeleição.


 


Mas se engana quem pensa que todos estavam lá por livre e espontânea vontade. A presença expressiva dos vereadores se deveu a uma intervenção do presidente Tin Gomes (PHS), que convocou uma reunião para discutir o esvaziamento das sessões e viabilizar uma solução para a questão. Um dia antes, a sessão havia sido interrompida por falta do número mínimo de parlamentares. Após cerca de duas horas, ficou descartada a hipótese de recesso branco. Os parlamentares se comprometeram a garantir a realização das cinco sessões restantes do mês de setembro. Paralisação apenas nos primeiros dois primeiros dias de trabalho de outubro, na semana que antecede as eleições, que serão compensados nas duas sextas-feiras após as eleições.


 


É a segunda reunião com o mesmo objetivo desde o reinício dos trabalhos após o recesso de julho. Mas, ao contrário do encontro realizado em agosto, Tin foi mais enfático ao exigir a assiduidade. “O presidente deu tanto duro em cima dos vereadores que eu acredito que eles vão respeitar o pacto”, contou o vereador José Maria Pontes (PT). Para convencer os parlamentares, Tin utilizou o mesmo argumento que vem defendendo desde o início da campanha eleitoral: “A Câmara ainda é o melhor palanque para quem é vereador e quer se reeleger”. Até o momento, as palavras do presidente não surtiram muito efeito, mas ele garante que, daqui para frente, haverá mudanças. “Com essa decisão dos 38 vereadores, a Câmara vai voltar à normalidade. É melhor para os vereadores e para a população que a instituição não pare por conta dos projetos importantes que têm para ser votados”, defendeu Tin ao comentar a decisão da Assembléia e do Congresso Nacional, que decidiram pelo recesso branco.