Secretaria de Saúde do Estado mantém alerta contra dengue
Sessenta e seis municípios cearenses ainda apresentam índice de infestação predial do mosquito da dengue acima de 3%, em alguns deles chegando a quase 6%, quando o tolerável é até 1%. A situação é mais preocupante em Parambu, nos Inhamuns, onde os níveis
Publicado 18/09/2008 09:15 | Editado 04/03/2020 16:36
Com base nesse levantamento, o secretário estadual da Saúde, João Ananias, decidiu manter o alerta contra a dengue em todo o Estado. Com essa estratégia, ele espera reduzir, em 2009, o número de óbitos provocados pela doença no Ceará. Este ano, 14 pessoas morreram devido à dengue hemorrágica e seis com complicação provoca pela doença.
Para conter o avanço da dengue no Estado, João Ananias enviou nota conclamando todos os secretários de Saúde municipais a manterem o trabalho de prevenção e assistência as pessoas que contraíram a doença. Ananias defende o combate permanente dos focos do mosquito, principalmente nos municípios onde a infestação foi superior a 3%.
Além de Parambu, o relatório da Sesa aponta os municípios de Caucaia, com índice de 5,6%; Crateús, 5,14%; Capistrano, 5,24%; Baturité, 3,52%; e Canindé, com 3,14%.
De acordo com o supervisor do Núcleo de Controle de Vetores da Sesa, Ernance Carneiro, o último levantamento de julho revelou que apenas nove municípios encontram-se com índice zero de infestação. Ou seja, não há presença do Aedes aegypti. “Isso corresponde a 1,2% da população do Ceará”, afirmou.
Ainda segundo o levantamento da Sesa, 43 municípios do Estado estão com infestação do mosquito até 1%, equivalente a 14,8% da população cearense. Outros 54 municípios apresentam infestação do Aedes aegypti acima de 1% até 3%, significando 55,7% da população do Ceará.
Entre os municípios com índice de infestação mais elevado, Caucaia (5,6%) tem o maior número de pessoas doentes. Este ano, a Sesa já confirmou 757 casos do tipo clássico, 29 de dengue hemorrágica e um óbito.