Com Pré-Sal, setor do petróleo precisará de 112 mil profissionais
Com a descoberta de novas jazidas, o setor de petróleo e gás demandará 112 mil trabalhadores, segundo o Governo
Publicado 22/09/2008 10:28 | Editado 04/03/2020 16:36
A exploração da camada pré-sal vai tornar ainda mais difícil uma busca que já era bastante acirrada no Brasil: a de profissionais qualificados para o setor de óleo e gás. Um estudo do Ministério de Minas e Energia havia apontado inicialmente uma necessidade de 75 mil profissionais para o setor até 2010, número que no ano passado subiu para 110 mil. Com a descoberta de novas jazidas, o número foi elevado para 112 mil – e ainda deve subir mais, segundo especialistas.
A maioria das vagas (cerca de 106 mil) está nas áreas operacionais. Mas pelo menos 6 mil profissionais precisam de formação superior nas áreas de engenharia ou administração para coordenar as atividades de exploração. ´Se não for feita a capacitação de profissionais, o Brasil não será capaz de explorar nem aproveitar todos os benefícios que são tão falados desde as descobertas das jazidas do pré-sal´, diz o coordenador do MBA em gerência do Programa de Mobilização da Prominp, Carlos Salles.
Na semana passada, Salles iniciou as aulas para um grupo de 200 executivos na FGV, interessados em atuar no setor. ´Só na FGV, mil executivos já foram capacitados com MBA específico. Mas ainda é pouco, precisamos chegar a 6 mil até 2010.'
O Prominp é um programa do Governo Federal que visa a formação de profissionais para trabalhar nas empresas que atuam em conjunto com a Petrobras na exploração de petróleo. ´A formação pode ir de 30 dias, para profissionais de nível básico, a um ano, para os executivos e engenheiros´, explica Salles. ´E praticamente todos são chamados após o fim do curso, pois há grande pressa.´
O consultor da Fesa Global Recruiters, Fernando Lohmann, afirma que, desde 2007, as buscas por profissionais qualificados crescem progressivamente. ´Para algumas posições, é possível trazer pessoal de outras indústrias, como siderurgia ou mineração´. Ele acredita que, com as novas jazidas, a busca por executivos continuará aquecida até 2015.