Esquerda continua com a campanha na rua

O petista que é líder nas pesquisas de intenções de voto na capital pernambucana, quase 50%, foi acusado, no mês de maio, de uso da máquina pública pelo peemedebista Raul Henry. Meses depois, a denúncia foi reforçada, no Ministério Público (MP), pelo candidato democrata Mendonça Filho. A promotora Andrea Nunes formalizou a denúncia e a entregou para a investigação do juiz Nelson Nery.

A analise do processo se arrastou por meses e somente agora, há menos de duas semanas para as eleições, quando o petista apresenta o maior índice de aceitação da população, é que o juiz divulgou o resultado do processo. O magistrado cassou o registro eleitoral de João da Costa, tornando-o inelegível por três anos.

Os realizadores da denúncia, Raul Henry e Mendonça Filho, acusaram também o prefeito do Recife, João Paulo (PT), de incentivar e apoiar o seu candidato à sucessão no uso da máquina. Porém, Nilson Nery não encontrou indícios que acusassem o atual prefeito.

João da Costa recebeu a notícia enquanto realizava uma caminhada na comunidade do Caiara, bairro de Monsenhor Fabrício. Ele declarou que os advogados da coligação Frente do Recife vão recorrer da decisão do juiz já nesta quarta-feira (24) e até o resultado final vai continuar fazendo campanha. “Quem vai decidir o futuro prefeito do Recife é o povo na hora do voto”, declarou.

Caso a candidatura de João da Costa seja realmente cassada, o PT pode indicar outro candidato do mesmo partido ou escolher entre as demais legendas que compõem a coligação, como o PCdoB e PSB. A coligação Frente do Recife é formada por 16 partidos (PT / PSB / PTB / PDT / PCdoB / PR / PMN / PHS / PTN / PRB / PTdoB / PSL / PRTB / PRP / PGT / PSDC).

Do Recife,
Daniel Vilarouca