Cuba ratifica postulados do Movimento dos Países Não-Alinhados

O primeiro vice-presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros de Cuba, José Ramón Machado Ventura, em sua intervenção no plenário da 63ª Assembléia Geral das Nações Unidas, ratificou que o Movimento dos Países Não-Alinhados continuará defendendo os

Mais adiante em seu discurso, instou a apoiar a causa do povo palestino e a respeitar a integridade territorial da Venezuela e da Bolívia, assim como o direito de Porto Rico a ser independente.



Machado Ventura tornou público o agradecimento do povo e do governo de Cuba a todos os que apoiaram moral ou materialmente a Ilha, após a passagem devastadora dos furacões Gustav e Ike. Denunciou a política ianque que, contrariamente ao gesto nobre de muitos Estados, organizações e pessoas no mundo, insiste em manter o cruel e desumano bloqueio contra a Ilha.



À tarde, o chefe da delegação cubana teve encontros bilaterais com os presidentes Evo Morales, da Bolívia; Ernest bai Koroma, da Serra Leoa; Hifikepunye Pohamba, da Namíbia; e Kalkot Matas Kelekele, de Vanuatu.



Os presidentes e personalidades com que dialogou o primeiro vice-presidente cubano e a comitiva que o acompanha desde sua chegada a Nova Iorque, deram muitas mostras de solidariedade e apoio a nosso povo e principais dirigentes.



O denominador comum destas conversações foi o interesse pela saúde do líder da Revolução cubana, Fidel Castro, e a disposição de ajudar Cuba a se recuperar dos embates dos furacões.


 


Objetivos do Milênio



Na última quinta-feira (25), durante a Sessão Plenária da Reunião de Alto Nível sobre os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, O primeiro vice-presidente cubano discursou e se referiu ao papel da saúde e da educação na conquista de metas superiores para o atual milênio.



Em seu discurso, Machado Ventura afirmou que “os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio não serão cumpridos (…) porque hoje prevalecem o egoísmo, a injustiça, as pretensões hegemônicas, a desigualdade, o esbanjamento e o consumismo descomedido de uns poucos face ao desamparo, a pobreza, a fome, a desnutrição, o analfabetismo e a penúria dos mais de 2, 6 bilhões de pessoas que subsistem no planeta com menos de dois dólares diários”.



“Não serão alcançados — reafirmou o dirigente cubano — porque os mais de 100 países do Sul não dispõem nem disporão dos US$150 bilhões necessários para consegui-lo, cifra que representa quase a quarta parte do que os Estados Unidos gastarão neste ano como orçamento militar.



“Para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, é necessária a decisão política daqueles que se negam a cumplirem seus compromissos —continuou dizendo o dirigente — é necessária a decisão daqueles que se negam a abandonar seus privilégios e seu esbanjamento para que milhões de pessoas possam comer decentemente ou aprender a ler e escrever”.



Mais adiante o primeiro vice-presidente dos Conselhos de Estado e de Ministros de Cuba se referiu os avanços atingidos por Cuba na Educação e na Saúde e assinalou que “Cuba desenvolve efetivos programas de cooperação internacional com os quais se beneficiam milhões de pessoas nos países do Sul, enquanto cerca de 37 mil profissionais cubanos da saúde salvam vidas em 70 nações”.



“Uma cifra superior a 1,3 bilhão de latino-americanos e caribenhos recuperou a visão como resultado da Operação Milagre — salientou — e 50 mil estudantes estrangeiros, de 129 países, formaram-se em Cuba durante as últimas cinco décadas sem contar os mais de 30 mil jovens, de 123, que atualmente assistem às salas de aulas cubanas”.



“A realização das Metas de Desenvolvimento do Milênio, acrescentou o chefe de nossa delegação, exige o estabelecimento duma ordem internacional criada na solidariedade, justiça social, igualdade e respeito aos direitos dos povos e a cada ser humano”.



Fonte: Granma