Manuela afirma que governar é mais do que atacar os outros
“Governar a cidade é mais que atacar os outros. Eu uni sete partidos, não fiquei sozinha, pois acredito que juntos podemos governar a cidade”, ensinou Manuela para a candidata Maria do Rosário, durante o debate de candidatos à Prefeitura realizado pela
Publicado 29/09/2008 09:37 | Editado 04/03/2020 17:11
Ao questionar o candidato Nelson Marchezan Jr. sobre idade e preconceito, Manuela deixou claro que eleição é oportunidade para construir soluções concretas, independentemente da faixa etária. “Eu quero ser prefeita porque acredito que posso, junto com pessoas competentes, com a inteligência da nossa cidade, das nossas universidades, os servidores da prefeitura, ter uma administração que resolva uma crise de 20 anos na saúde e que tenha coragem para enfrentar o tema da segurança”.
Manuela destacou, ainda, a necessidade de acabar com a “polarização antiga e viciada na política” para enfrentar problemas da população, como na saúde, e destacou que irá administrar o setor de forma integrada. “É preciso combinar atendimento preventivo do PSF, que é também atendimento primário, com atendimento hospitalar e dos pronto-atendimentos. E para isso vamos organizar nosso sistema com a informatização da rede para garantir uma central de consulta e exames organizada e mais leitos hospitalares”, afirmou. Para combater a epidemia do crack, a candidata destacou a necessidade de integrar oportunidades de trabalho ao tratamento psiquiátrico. “Devemos garantir dignidade à juventude por meio da qualificação profissional e geração de emprego. Por outro lado, possibilitar o aumento dos leitos psiquiátricos”.
Frustrando uma tentativa de Maria do Rosário de desacreditar a expressão “eles já tiveram a sua chance”, por conta da presença do PCdoB num dos períodos de governo da Frente Popular, Manuela calou a candidata petista: “A senhora conhece bem a hegemonia de seu partido, onde todos os diferentes eram excluídos do processo de administração. Na Smic, o PCdoB deu início ao processo de desenvolvimento tecnológico de Porto Alegre, mas o prefeito e outras estruturas da Prefeitura impediram o avanço do projeto”, afirmou, dirigindo-se à Maria do Rosário.
Como presidente da Frente Parlamentar do Esporte, no Congresso Nacional, Manuela reafirmou que sua preocupação com o esporte é utilizá-lo como ferramenta de inclusão social. “Se nós queremos a Copa do Mundo para disputar investimentos na infra-estrutura, também temos que percebê-la como incentivo a práticas de uma vida mais saudável”.
Lembrando que o Orçamento Participativo teve início a partir de iniciativa popular e apoio de governos anteriores ao do PT, Manuela destacou que “o OP é prova de que na democracia nada começa do zero”. A candidata também salientou a importância de continuar as melhorias na cidade com rapidez. “É possível acelerar o ritmo de uma Prefeitura, como a frente popular fez com o OP. É isso que posso e quero fazer com a administração de Porto Alegre”, concluiu.