Sob pressão, UniRitter descarta venda para megaempresa de ensino

Apesar da nota do UniRitter não citar o nome da empresa paulista, há pelo menos um mês já havia rumores das negociações com o Grupo Anhanguera. No Rio Grande do Sul, a megarede paulista já comprou as Faculdades Atlântico Sul, em Pelotas e Rio Grande, em 2007, e a Faculdade Planalto, em Passo Fundo, no início de 2008. A compra do UniRitter seria mais um passo para o avanço da empresa no Estado, desta vez na Capital, já que o centro possui unidades em Porto Alegre e em Canoas, na região metropolitana.

O diretor do Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul (Sinpro-RS) Marcos Fuhr acredita que a pressão e os diversos protestos realizados pela comunidade acadêmica contribuíram para que a direção do UniRitter desistisse da venda.

''Imaginamos que o negócio não tenha se concretizado por uma série de fatores, entre eles a mobilização do professores, estudantes e funcionários. Contrariedade que certamente teria na sociedade gaúcha essa mudança de perfil na instituição'', afirma.

Os professores temiam a perda de qualidade no ensino do UniRitter. O Grupo Anhanguera tem um perfil empresarial, o que segundo os trabalhadores prejudica a educação. Em outros estados, uma das primeiras medidas tomadas pela empresa foi aumentar consideravelmente o número de estudantes em sala de aula. As mensalidades também são mais caras.

No entanto, mesmo com o anúncio do fim nas negociações, Fuhr diz que a comunidade irá permanecer em alerta. ''Certamente manterão a sua vigilância, a sua disposição de defender o ensino de qualidade e essa bandeira de que educação não é mercadoria. Vamos nos manter mobilizados e atentos na defesa desse diferencial da qualificação na educação'', argumenta.

Fonte: Agência Chasque