Tranquilidade no último debate entre candidatos

Usando como critério para a participação no debate a representatividade partidária na Câmara, estiveram presentes no programa o petista João da Costa, o democrata Mendonça Filho, Carlos Eduardo Cadoca (PSC), Raul Henry, do PMDB, e o candidato do PSOL, Edílson Silva. Ficaram de fora Kátia Telles, do PSTU, e Roberto Numeriado, do PCB.

Comandado pelo jornalista Francisco José, o debate foi dividido em cinco blocos: dois com temas pré-selecionados pela produção do programa, dois com temas livres e um último para considerações finais. Os assuntos escolhidos pela produção tratavam primordialmente sobre os problemas da cidade, como urbanização, saúde, educação, moradia e emprego.

Como já era de se esperar, o processo de cassação movido contra o candidato João da Costa veio à tona pelos postulantes Mendonça Filho e Raul Henry. Porém, o petista pediu o direito de resposta (o único concedido pela equipe de produção) e deixou claro que continua na disputa. “Eu não posso pagar pelo erro de uma pessoa que, sequer, tenho influência”, comentou João da Costa referindo-se ao suposto uso da máquina pública. E completou: “Estamos recorrendo com o processo e temos ainda mais duas instâncias para mostrar que todas estas denúncias são infundadas”.

O candidato da Frente do Recife ainda lembrou que Raul Henry sofre um processo por improbidade administrativa. “Nem por isso, eu o chamo de criminoso”, disse João da Costa.

Carlos Eduardo Cadoca falou, basicamente, sobre suas propostas e seu plano de governo, caso seja eleito. Edílson Silva tentou atacar os demais candidatos, mas, nos momentos em que expôs suas metas, se mostrou seguro.

Antes e até mesmo no fim do debate o clima entre os prefeituráveis era de tranqüilidade e cordialidade. Todos se cumprimentaram e, nos intervalos, tiveram o apoio dos coordenadores de campanha e assessores.

Do Recife,
Daniel Vilarouca