Petrobrás à procura de novas reservas do pré-sal na Bahia
A Bacia do Jequitinhonha, no Litoral Sul da Bahia, foi o local escolhido pela Petrobrás para a perfuração do chamado pré-sal em busca de novas reservas petrolíferas. De acordo com o gerente geral de exploração e produção da estatal na Bahia, Antonio Rivas
Publicado 18/10/2008 14:26 | Editado 04/03/2020 16:21
Ainda inexplorada, a área tem grande potencial de conter reservas de óleo e gás. “A Bahia, hoje, exporta 1.200 milhão de m³ /dia de gás. Se confirmada a produção, não só o estado exportaria mais, como iria proporcionar uma distribuição maior no interior”, destaca o presidente da Bahiagás, Davidson Magalhães.
Os poços foram licitados no passado e a ação da Petrobrás põe em execução os programas exploratórios mínimos, definidos em conjunto com a Agência Nacional do Petróleo. “O nosso desejo é de que os programas sejam os mais vitoriosos possíveis”, declarou o presidente da ANP, Haroldo Lima.
A aposta é grande. Para a exploração em plataforma móvel, a 75 km da Costa, a estatal brasileira deslocou o Navio Sonda NS-21 do campo de Júpiter (Rio de Janeiro); um dos maiores já encontrados de pré-sal. A abertura do poço no mar terá 6.220 metros de profundidade. “Em qualquer que seja o volume de óleo e gás descoberto, significará benefícios para todo o sul do estado, para o estado e para a União”, ressaltou Lima.
A Bahia pode ser alçada à condição de terceiro maior produtor de óleo e gás do país. Em termos práticos – e resumidos -, isso significa uma maior arrecadação estadual com os royalties; uma espécie de imposto cobrado das empresas concessionárias produtoras de petróleo e gás natural no território brasileiro. “Sendo uma produção muito grande, teremos um royalty de participações especiais. Em se tratando de uma produção em menor escala, ainda assim, teremos uma produção de royalties”, explica Haroldo Lima.
Integração de gasodutos
Independentemente da proporção da descoberta, já é certo o aumento da oferta de gás no estado graças à implantação do Gasoduto Sudeste-Nordeste, ligando o Espírito Santo a Bahia. As obras sofreram pequenos atrasos, mas, segundo informou o presidente da ANP, o complemento está previsto para ser retomado dentro do orçamento do PAC.
“A partir do estabelecimento do duto, a parte secundária ficará a cargo da Bahiagás, que vai investir 120 milhões no sul e extremo sul do estado para fazer a distribuição do gás”, adianta Davidson Magalhães. A iniciativa da Petrobrás entra em funcionamento em 2010.
De Salvador,
Camila Jasmin, com agências