Contra repressão, professores argentinos fazem greve geral
Os professores argentinos cumprem nesta terça-feira (21) uma paralisação nacional de 24 horas para repudiar os incidentes ocorridos em frente à sede do governo da capital quando tentavam montar uma barraca. Os docentes pretendiam realizar uma vigília de 1
Publicado 21/10/2008 16:00
No entanto, a polícia os reprimiu de forma brutal quando tentavam colocar o toldo e o confronto terminou com três educadores hospitalizados, segundo denunciaram os sindicatos. A vigília dos docentes faz parte de um plano de luta que inclui uma nova greve de 48 horas para o próximo dia 28.
“Era uma ação de paz, nós não pensávamos tomar medidas de força nem cortar a rua”, explicou Francisco Nenna, secretário geral da União de Trabalhadores do Estado (UTE).
Ele afirmou que “o que está fazendo o governo de Buenos Aires é propiciar a confrontação, porque enviaram fiscais e policiais pela instalação de uma simples barraca”.
Depois dos acontecimentos, o prefeito da capital argentina, Mauricio Macri, acusou os dirigentes sindicais de provocar o forcejo com a polícia e de “rouba um dia de aula das crianças” e reiterou que sua administração “carece de recursos para aumentar os salários” dos docentes.
Nesse cenário, o executivo da capital confirmou que o ciclo letivo 2008 se estenderá uma semana a mais em dezembro próximo para recuperar os dias perdidos devido aos protestos.
Fontes do setor indicaram que essa foi a primeira paralisação nacional dos professores durante o governo de Cristina Fernández e afetará as escolas públicas e privadas dos três níveis em todo o país, onde 9,4 milhões de alunos assistem às aulas.
Fonte: Agência Prensa Latina