Fortaleza lidera inflação
A Capital cearense apresentou maior variação em outubro e a terceira maior no acumulado do ano entre 11 cidades
Publicado 24/10/2008 10:45 | Editado 04/03/2020 16:36
A inflação em Fortaleza dá sinais de aceleração, com forte contribuição de vestuário e alimentos. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,56% nos primeiros 15 dias de outubro, a maior variação entre as 11 cidades pesquisadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em setembro, em igual período, o índice era de 0,19%.
O grupo de vestuário representou a maior influência no resultado do mês, com alta de 1,65%, seguido por alimentação (0,80%). No acumulado dos dez primeiros meses do ano, a Capital registra alta de 5,91%, a 3ª maior do Brasil. Nos últimos 12 meses, o índice variou em 6,37%. Os dados foram divulgados ontem.
Outros grupos que influenciaram a elevação mensal foram saúde e cuidados pessoais (0,80%), despesas pessoais (0,48%), habitação (0,47%), transporte (0,20%), comunicação (0,05%) e educação (0,04%). Houve deflação apenas nos preços de artigos de residência (-0,15%).
Na cesta de alimentos, pesquisada pelo IBGE, alguns destaques entre as elevações são o tomate (92,81%), feijão fradinho (13,97%), feijão carioca (12,65%), açúcar refinado (4,90%), maçã (6,21%), maracujá (5,56%), carne de porco (3,15%), filet mignon (2,06%), costela (3,47%), presunto (4,75%), café moído (2,51%).
No Brasil
No País, a média do IPCA-15 subiu 0,30% em outubro, pouco acima dos 0,26% registrados em setembro. Os alimentos voltaram a acelerar depois de apresentarem deflação no mês anterior. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 5,28%. No acumulado dos últimos 12 meses, o índice tem alta de 6,26%, acima dos 6,20% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Neste mês, o índice referente ao grupo alimentação e bebidas teve inflação de 0,05%, ante deflação de 0,25% observados em agosto. No ano, os alimentos têm alta acumulada de 10,57% no indicador. Os principais aumentos entre os alimentos foram notados no arroz (-1,67% para 0,19%), feijão carioca (-4,24% para 3,29%), carnes (0,63% para 1,44%). O leite pasteurizado teve deflação de 2,80%, ante variação negativa de 4,48%. Por outro lado, o preço da cebola caiu 22,63%, depois de subir 6,11%. A batata caiu 11,23%, ante deflação de 8,84% no mês anterior. Os produtos não-alimentícios investigados registraram alta de 0,37% em outubro, desacelerando em relação aos 0,41% observados no mês anterior. Subiram os custos do aluguel residencial (0,86%), taxa de água e esgoto (1,37%), vestuário (1,24%) e artigos para reparos de residência (1,89%). Além de Fortaleza, também registraram alta acima da média nacional Goiânia (0,40%) e São Paulo (0,45%).