UNIMED desrespeita saúde de funcionários

Ato realizado em frente ao Hospital da UNIMED em Fortaleza (CE) denuncia padrões inconstitucionais da empresa de saúde em relação aos seus profissionais

O SINDISAÚDE (Sindicato dos empregados em estabelecimentos e serviços de saúde no Estado do Ceará) realizou no úyltimo dia 17 um ato em frente ao Hospital da UNIMED na av. Rio branco em Fortaleza para denunciar atos abusivos cometidos pela empresa contra os trabalhadores e a falta de diálogo com a categoria sobre o reajuste salarial.



A presidente do SINDISAÚDE Tereza Neuma afirmou que considera um abuso de poder a forma com que a UNIMED vem se relacionando com o trabalhador, e acrescenta que “não existe democracia quando um trabalhador não tem direito a nada a não ser o de produção”.



A UNIMED está aguardando que até o final deste mês seja conferida a empresa o selo 3 de qualidade, expôs em seus espaços de trabalho de contagem de dias, conforme nos informou em “OFF” um dos funcionários, o mesmo também declarou que a empresa efetuou a compra de 25 cestos inox no valor de R$ 224,00 cada unidade e gastou certa de 90 mil reais para reforma do piso de seu estacionamento enquanto só aceita dar ao trabalhador um reajuste de 3%, que fica abaixo do percentual da inflação.



Os trabalhadores já haviam realizado manifestação anterior com a intenção de dialogar com a direção da UNIMED, mas as negociações não aconteceram e o diretor do sindicato Renato Pereira de Souza, foi demitido com a alegação de que estaria cometendo ato de insubordinação.  O auxiliar técnico de enfermagem encontrava-se no exterior do prédio e tem seu direito de livre associação e garantido constitucionalmente. È importante lembrar também que é proibido por lei a demissão de lideranças sindicais durante seu mandato.



Renato Souza denunciou que a empresa não fornece alimentação aos trabalhadores, o que não está garantido por acordo, mas diferencia os trabalhadores ao fornecer aos médicos a alimentação e nas horas extras, único momento onde a alimentação é fornecida aos demais trabalhadores ela é diferenciada da dos médicos provocando constrangimento.



Outra denúncia feita pelo diretor e pelo sindicato é a de que os trabalhadores vêm sendo constantemente vigiados por câmeras e de que são obrigados a cobrir turnos de até 24 horas seguidas.



O técnico de segurança do trabalho Luiz Marvão afirmou que “um trabalhador de saúde lida com vidas e, portanto seu turno é no máximo de 6 horas, ultrapassando esse limite ele pode por em risco a sua própria saúde e dos pacientes”. Marvão também salientou que dobrar o turno para 24 horas pode causar stress e exaustão comprometendo não só a saúde, mas também movimentos de precisão como o necessário para a aplicação de injeções por exemplo.



A presidente do sindicato Tereza Neuma, disse que espera que a sociedade e os clientes entendam que essa manifestação é para o bem de todos e que uma empresa que não dá qualidade de vida aos seus profissionais não pode garantir a qualidade para ninguém. Aparentemente o pedido de compreensão da presidente já surtiu efeito, o sindicato dos trabalhadores em construção civil iria fechar contrato com a UNIMED de parceria para atender as demandas da categoria, mas já declarou durante o ato de que a possibilidade estava descartada, já o dirigente do PCdoB José Rubens, declarou no microfone durante a manifestação que no dia anterior havia cancelado seu plano “um dirigente do PC do B, não pode aceitar que uma empresa trate assim seus funcionários, nós estamos na luta com eles, então cancelei!”.


 


Fonte: SINDISAÚDE