Sem categoria

Filme alemão é o vencedor da Mostra Internacional de SP

O longa-metragem alemão O Estranho em Mim, de Emily Atef, é o grande vencedor da 32ª edição da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. A premiação foi anunciada na noite desta quinta-feira (30), durante a cerimônia de encerramento do festiva

A entrega do prêmio foi simbólica porque os troféus, reformulados este ano pela artista plástica Tomie Ohtake, não foram confeccionados a tempo pelo fornecedor responsável. Por sugestão de Leon Cakoff e Renata de Almeida, diretores da Mostra, o jeito foi posar para a foto e agradecer aos aplausos do público com os protótipos da estatueta e voltar para a poltrona de mãos vazias.



Só podiam concorrer na categoria principal diretores com até dois longas-metragens no currículo. Porta-voz do júri internacional – formado ainda pela iraniana Samira Makhmalbaf, o francês Nicolas Klotz, o alemão Meinolf Zurhost e pelo brasileiro Jorge Bodansky –, o diretor inglês Hugh Hudson afirmou que o longa de Atef foi escolhido por ser um filme ousado e que trata com sensibilidade um tema comum, mas tabu na sociedade: a depressão pós-parto.



“Precisamos defender o estranho em nós”, disse Hudson, além de ressaltar que a escolha do júri foi unânime. Egressa do teatro, a protagonista do filme, Susanne Wolff, também foi premiada como melhor atriz.



“Não foi uma produção fácil de fazer. Muitas pessoas demonstravam medo quando falava do tema na Alemanha”, contou Atef ao receber o prêmio.


“Depois de exibir o filme em uma sessão paralela de Cannes, o Brasil foi o primeiro país a comprá-lo, e agora ele foi muito bem recebido aqui em São Paulo. Para uma jovem cineasta, este é um momento maravilhoso.”



Entre os documentários, o indiano Crianças da Pira, de Rajesh Sala, foi premiado. De acordo com o júri composto por  Laís Bodansky, Heitor Dhalia e Caio Gullane, o longa combina “um tema poderoso com primorosa linguagem cinematográfica”.



O documentário brasileiro KFZ-1348 foi contemplado com o prêmio especial do júri. Os diretores Gabriel Mascaro e Marcelo Pedroso partiram da investigação dos antigos proprietários de um Fusca fabricado em 1965, encontrado num ferro-velho de Recife com a placa do título, para abordar a história recente do Brasil.



Fonte: IG