Paraguai: Oviedo é absolvido de processo por chacina
O general reformado Lino Oviedo foi inocentado na última sexta-feira (12) no último processo que enfrentava na Justiça paraguaia, no qual era acusado de ter participado da chacina que matou oito jovens manifestantes em frente ao Congresso, em 1999.
Publicado 15/12/2008 15:48
O massacre, conhecido como “março paraguaio”, foi um dos episódios mais marcantes da história do país. Além dos oito mortos, centenas de outros manifestantes que protestavam contra o assassinato do então vice-presidente Luis María Argaña ficaram feridos após serem atingidos por franco-atiradores.
Oviedo, que também foi acusado de ser mandante da morte de Argaña, esteve exilado no Brasil entre 2000 e 2004. O general reformado foi preso duas vezes e chegou a ser condenado a dez anos de prisão pelo Tribunal Militar Extraordinário do Paraguai.
Em 1996, ele foi acusado de insurreição contra o então presidente Juan Carlos Wasmosy. No ano seguinte, foi detido novamente e ficou 30 dias na cadeia, até ser libertado por ordem do presidente Raúl Cubas, seu aliado político.
Oviedo, líder da União Nacional de Cidadãos Éticos (Unace), disputou as últimas eleições presidenciais do Paraguai em abril e terminou na terceira colocação, atrás do vencedor, Fernando Lugo, e da candidata do Partido Colorado, Blanca Ovelar.
Fonte O Globo